EFEITOS DO PRÓPOLIS E DA CLOREXIDINA COMO COADJUVANTES NO TRATAMENTO DA DOENÇA PERIODONTAL

Deise Machado da Silva, Carolina Luiza Hertzer, Simone Glesse

Resumo


Os problemas gengivais e periodontais são causados, principalmente, pelo acúmulo de placa bacteriana nas superfícies dentais, podendo levar à grandes inflamações e à destruição dos tecidos e ossos que circundam os dentes. Como principal método de tratamento para a doença periodontal, utiliza-se a RASUB associada do gluconato de clorexidina como coadjuvante, devido a sua ação antifúngica e bactericida. No entanto, quando usado como bochecho, possui um sabor e odor desagradável e, com o uso prolongado, pode vir a causar alteração na coloração dos dentes. Por esse motivo, inúmeros estudos atuais têm sugerido o uso do própolis como coadjuvante periodontal. Por apresentar propriedades anti-inflamatórias e bactericidas, além de ser um material natural, sem efeitos colaterais percebidos, pode vir a ser de grande ajuda no combate às gengivites e periodontites O presente trabalho tem como objetivos verificar os benefícios do extrato de própolis a 11% e da clorexidina a 2% após a raspagem e alisamento subgengival (RASUB), comparar as propriedades terapêuticas do extrato de própolis a 11% e da clorexidina a 2%. A pesquisa será uma intervenção in vivo, do tipo ensaio clínico randomizado, na qual serão avaliados 44 indivíduos, de ambos os gêneros, diagnosticados como portadores de doença periodontal. Acredita-se que o extrato de própolis pode apresentar maiores, ou iguais, benefícios periodontais quando comparado com a clorexidina, por ser um produto natural, é menos tóxico para o organismo, causando menos efeitos colaterais. Como critério de inclusão, os pacientes deverão ter uma boa saúde geral, sem alterações sistêmicas detectadas; e possuir um ou mais dentes em boca com bolsa periodontal = 5mm de profundidade. Os pacientes não podem ser menores de idade, possuir algum comprometimento sistêmico, ou estar em período gestacional. O exame clínico será realizado com campo limpo, seco e bem iluminado, será usado uma sonda periodontal milimetrada para avaliação dos índices: Índice de Placa Visível 15 (IPV), Índice de Sangramento Gengival (ISG), Profundidade de Sondagem (PS) e Índice de Sangramento a Sondagem (ISS). Após isso, nos dentes com bolsas, será realizada a RASUB e, então, aplicação imediata do material terapêutico coadjuvante. Um grupo – grupo A - receberá o tratamento coadjuvante com extrato de própolis a 11% em gel e, o outro – grupo B - com clorexidina a 2% em gel. O paciente ainda ficará responsável por fazer uso do gel diariamente, aplicando no local indicado com o dedo ou cotonete. Deverá retornar após 15 dias para acompanhamento dos índices e, novamente, após mais 15 dias. Após 30 dias da primeira aplicação, será feita a reavaliação de todos os índices (IPV, ISG, PS e ISS) dos dentes incluídos no estudo e, então, serão comparados com os índices iniciais para obtenção do resultado. A cada consulta de avaliação dos pacientes, os dados coletados serão transcritos em tabelas periodontais. Ao final da pesquisa, estes dados serão analisados e realizada a análise estatística dos dados para chegar a um resultado final de qual material é mais efetivo no tratamento periodontal.


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