RELAÇÃO DE TEMPO MÉDIO PARA O PROCESSO DE PROTETIZAÇÃO DOS USUÁRIOS DE UM SERVIÇO DE REABILITAÇÃO FÍSICA E SUA RELAÇÃO COM A ETIOLOGIA AMPUTACIONAL
Resumo
O termo amputação refere-se a retirada, cirúrgica ou traumática, total ou parcial de um membro corporal. As maiores incidências de amputações são de membros inferiores o que acarreta em uma grande mudança na independência funcional e qualidade de vida dessas pessoas. Nesse âmbito, existem órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção para promover uma vida mais independente e funcional àqueles que sofreram uma amputação. Assim, o Serviço de Reabilitação Física de Nível Intermediário da Universidade de Santa Cruz do Sul (SRFis - UNISC), após uma nova configuração dos Centros Especializados em Reabilitação (CER), a partir de março de 2019, oferece para 42 municípios da Região dos Vales (Rio Pardo, Taquari e Jacuí) a dispensação de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção, além da reabilitação físico-funcional. No entanto, observa-se que o processo para protetização é evidentemente longo e, muitas vezes, não logra o sucesso ou resultado esperado. Assim, o objetivo é verificar o tempo médio para a efetivação da protetização, relacionando a etiologia amputacional dos usurários do SRFis - UNISC. Em suma, trata-se um estudo transversal, em que as informações foram coletadas a partir do banco de dados colhido através de questionário denominado Functional Measure for Questionare Amputees (FMA) referente à funcionalidade dos amputados atendidos no SRFis - UNISC. O período escolhido foi o primeiro semestre de 2018. Assim relacionando-o com suas etiologias encontradas e que levaram à amputação. Primeiramente, aplicou-se o questionário em 64 usuários, destes 34 responderam quanto ao período de espera e os demais não foram aplicáveis por ainda estarem aguardando sua prótese. Posteriormente, estes foram divididos em causas cardiovasculares, traumáticas e outras, através do SPSS v. 23.0 (IBM, Armonk, EUA), gerando uma média de tempo em meses. A média de protetização foi de 5 meses e 12 dias para causas cardiovasculares; 6 meses e 24 dias para as traumáticas; e para outras causas foi de 3 meses e 27 dias. As causas traumáticas e cardiovasculares demoram mais tempo para alcançar a protetização, devido às patologias ou causas de acidentes serem de maior delicadeza e mais subjetivas em comparação com outras situações, pois os sistemas afetados são frágeis, assim quando não estão em equilíbrio afetam outros sistemas. Por isso, necessita-se cautela e preparo físico-funcional e psicológico para uma protetização efetiva, para que assim, o processo seja bem-sucedido e proporcione melhor qualidade de vida ao indivíduo.
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