VISITAS DOMICILIARES: UMA ESTRATÉGIA PARA ACOMPANHAR O CUIDADO EM SAÚDE

Nestor Pedro Roos, Sabrina Mesquita Vargas, Juliana Inez da Silva, Gisele Araújo, Aline Junges, Melissa Reckziegel Granja, Anelise Miritz Borges

Resumo


A Visita Domiciliar (VD) é uma estratégia utilizada pelos profissionais de saúde para realizar o cuidado em domicílio aos usuários que necessitam de maior atenção ou que possuem a sua saúde fragilizada para recorrer ao acesso à rede de serviços em saúde. Dentre os motivos, tem-se com alto predomínio, a presença de usuários com sequelas da hipertensão arterial sistêmica, sendo que, no Brasil, são 60,9% de idosos hipertensos, com maior prevalência às mulheres. Deste modo, objetiva-se a partir desse trabalho, investigar as condições de saúde de uma usuária hipertensa, por meio da realização de visitas domiciliares, com a finalidade de prestar cuidados de enfermagem. Trata-se de um relato de experiência conduzido por acadêmicos do Curso de Graduação em Enfermagem, da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), vinculados à disciplina de Estudos Interdisciplinares da Família I. Foram realizadas Visitas Domiciliares, no período de março a junho de 2019, a uma usuária pertencente ao Grupo de Diabéticos e Hipertensos do Serviço Integrado de Saúde da UNISC. Dentre as metas para investigar as condições de saúde da usuária teve-se: realizar a anamnese, medicações prescritas e automedicadas, aferição dos sinais vitais e levantamento dos principais diagnósticos e intervenções de enfermagem, baseados na North American Nursing Diagnosis Association. Dentre os principais resultados, destaca-se que foram realizadas 12 VD, a uma idosa de 83 anos de idade, viúva, ex-fumante há 35 anos, com Bronquite, Hipercolesterolemia, Hipertireoidismo, Arritmia Cardíaca e Hipertensão Arterial Sistêmica. Utilizava medicações prescritas, contudo diante de algias osteomusculares, a automedicação era adotada pela idosa. Dentre os integrantes da família, possuía cinco filhos, residindo com um deles, mas cercado por todos. Frente à média dos sinais vitais: Pressão arterial: 135/75 milímetros de mercúrio, Peso: 68.390 quilogramas, Glicose: 139 milímetros de mercúrio, FC: 83 batimentos por minuto e FR: 16 movimentos por minuto. Os principais diagnósticos de enfermagem foram: Dificuldade de deambular, de Queda e de Envenenamento, o que reportou os acadêmicos à construção das seguintes intervenções: orientação quanto ao cuidado com tapetes e degraus, sendo indicado o uso de calçados confortáveis, iluminação dos ambientes e dispositivo auxiliar para deambulação. Recomendada atenção com os efeitos da automedicação, pois aos hipertensos podem haver contraindicações. Também prestado diálogo sobre os cuidados com a exposição acidental às substâncias perigosas frente à intoxicação de inseticida utilizado no meio doméstico. Neste contexto, conclui-se que a realização das VD foi essencial para a efetiva compreensão da realidade da usuária, assim como das condições de saúde, seu ambiente, rotinas e estrutura familiar, possibilitando uma visão ampla sobre o seu estado. Alguns desafios foram vivenciados pelos acadêmicos, como a construção do vínculo e confiança para com a idosa, com vistas a trazer resultados positivos para ambas as partes, além da importância de tornar a usuária, independente e segura para desempenhar o seu cuidado. Uma vez que, entender os problemas e corresponder de forma científica, é qualificar o fazer do acadêmico, viabilizando segurança a pessoa em cuidado.

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