Durante a infância os hábitos alimentares são moldados, tornando essencial o estimulo ao consumo de uma variedade dos grupos alimentares. Ações educativas, tanto partindo da família, quanto oficinas escolares proporcionando contato com diferentes alimentos resultam na construção de conhecimento nutricional e desenvolvimento adequado, que poderá prevenir futuros distúrbios na idade adulta. As crianças amparadas pela COPAME (Associação Comunitária Pró-Amparo do Menor) têm a oportunidade de participar do projeto de extensão “Promoção de modos de vida saudáveis nas doenças crônicas não transmissíveis e obesidade: da infância ao envelhecimento humano” cujo objetivo é promover opções alimentares saudáveis e qualidade de vida. O presente trabalho tem por objetivo descrever os encontros e oficinas culinárias realizadas com crianças da entidade COPAME no primeiro semestre de 2019. Trata-se de um relato de experiência sobre os encontros e oficinas já realizadas em 2019. As oficinas foram realizadas pelas bolsistas do Curso de Nutrição e professora responsável no Laboratório de Técnica Dietética da Universidade de Santa Cruz do Sul com encontros quinzenais, divididos em duas turmas. As oficinas são planejadas de acordo com a demanda das crianças e adolescentes respeitando hábitos alimentares e preparações mais saudáveis. Durante o período de 2019/1 foram realizadas 16 oficinas, com participação média de 10 participantes por oficina. Foram elaboradas receitas de pão doce, pizza de liquidificador de frango e carne moída, pastel de carne e chocolate, espetinho de frutas (morango, manga, mamão, kiwi, abacaxi, banana), cookies de aveia, nuggets de frango e enroladinhos de salsicha de forno. Incluiu também uma comemoração junina com pipoca, cri-cri, cachorro-quente, pinhão e bolo de cenoura. Todas as elaborações foram acompanhadas de um suco de fruta ou hortaliça ou achocolatado. As crianças participaram ativamente nas produções propostas, desenvolveram técnicas como picar ingredientes, quebrar ovos, entre outras, assim como durante as conversas sobre cada alimento e preparação. Juntando aprendizado e diversão, os resultados são positivos ao se perceber o interesse e engajamento das crianças durante esses encontros. Espera-se que através das atividades desenvolvidas possamos assegurar às crianças acolhidas, o direito do acesso a informações essenciais sobre alimentação saudável e proporcionar aos abrigados oportunidade de experimentar a pratica de educação nutricional fora das casas em que convivem.