O período  em que o  aluno se encontra na  universidade é marcado  por mudanças  que  vão  desde  as  novas  demandas que o contexto acadêmico exige, até a constituição de sua identidade. Tudo isso implica uma carga emocional que pode afetar sua saúde mental. No que tange aos alunos  da  área da saúde,  o  período em  que iniciam a vivência prática  de suas  carreiras  acaba sendo  um momento de impacto  para  sua  saúde  mental. Assim, o  presente trabalho tem como  objetivo  analisar os indicadores de saúde mental dos acadêmicos  dos  cursos da  área da  saúde  em  período  de  experimentação à prática,  num serviço-escola,  em uma  universidade de Santa Cruz do Sul - RS. Para  isso, utilizamos  o formulário  de entrevista  DASS-21 que  identifica os  níveis de depressão, ansiedade e estresse dos participantes. Ao final do questionário, inserimos uma pergunta aberta, indagando sobre a autopercepção  do respondente quanto a sua saúde mental. Nossa  pesquisa  foi desenvolvida  através da  abordagem  mista, unindo  as  abordagens quantitativa e qualitativa. A primeira refere-se à análise de dados das questões objetivas do formulário e a segunda, à análise de conteúdo de uma pergunta aberta. Os participantes foram alunos da área da saúde, dos cursos de Enfermagem, Medicina, Nutrição e Psicologia, a coleta de dados ocorreu durante duas semanas, da qual fizeram parte apenas os estagiários ativos no serviço naquele período. Nossa amostra é composta por 74 alunos, sendo 58 do gênero feminino e 16 do gênero masculino. Os resultados apontam que, enquanto o indicador de depressão apresenta 64% da amostra nos níveis Normal e Leve e o indicador de ansiedade apresenta 74% da amostra nos níveis Normal e Leve, o indicador de estresse apresenta 60% da amostra em níveis Moderado, Severo ou Extremamente Severo, representando 22%, 22% e 16%, respectivamente. Ao  analisarmos as nuvens de palavras formadas a partir da questão aberta, o termo “ansiedade” foi a de maior destaque, o que demonstrou que grande parcela dos pesquisados se percebe dessa maneira. A partir desses aspectos, é possível refletir sobre a atenção que os alunos têm sobre sua própria saúde mental, havendo certa divergência na compreensão dos seus sentimentos e percepção sobre seus sintomas. Além disso, podemos discutir sobre de que maneira as Universidades podem auxiliar no manejo da saúde mental dos estudantes, bem como construir estratégias para a manutenção de um ambiente saudável para a formação do mesmo.