ARQUITETURA E SAÚDE: INCLUSÃO NO AMBIENTE ESCOLAR

Sarah Silvestrini, Paola Maieron, Louise Tatiane Konzen, Sabrina Fhöhlich, Adriana Schwindt da Costa

Resumo


As edificações são projetadas para que seja possível o exercício das atividades básicas da vida humana, de forma salubre e confortável. Para tanto, a partir da Idade Média, com os princípios de Vitrúvius, os espaços arquitetônicos são concebidos utilizando medidas consideradas padrão, para o homem dito ideal. Foi apenas na segunda metade do século XX, que grandes nações se reuniram para discutir como reestruturar o antigo conceito de produzir para o homem ideal. Desde então, a importância em ser inclusivo vem crescendo e pode-se averiguar tal fato em diferentes âmbitos sociais. Essa transformação se dá a partir de tarefas essenciais na formação de um indivíduo, como a educação. A redefinição do papel da escola é um grande desafio a ser enfrentado, pois a coletividade, gerada a partir do respeito às individualidades, deve ser essencial tanto no ensino quanto na infraestrutura do ambiente estudantil. Com o objetivo de aplicar critérios de autonomia e qualidade de vida, bem como ampliar a visão arquitetônica para as formas de construir espaços para todos, este projeto estuda os critérios necessários ao ambiente escolar, para que seja acessível, qualificando a aprendizagem e a educação cidadã. O trabalho foi realizado em uma instituição privada de ensino que necessita adequar-se a atual legislação inclusiva que estabelece critérios e parâmetros técnicos para projeto e execução com acessibilidade física, no ambiente urbano e arquitetônico. A partir do estudo da legislação, foi realizada uma análise das dependências escolares, quanto a usos e fluxos, com visitas aos locais e levantamentos in loco. A avaliação não se restringe apenas ao uso das salas de aula, mas inclui também outros locais para atividades diversificadas dentro da instituição, como biblioteca, complexo esportivo e laboratórios. Assim, foram identificadas e analisadas as rotas de acesso aos ambientes estudantis, tanto nos locais construídos quanto nos abertos, caracterizando, entre outros, rampas, sanitários, mobiliário e demais itens solicitados. As conclusões do diagnóstico são demonstradas em laudo técnico que apresenta a análise de cada item relacionado à acessibilidade física, necessidades e exigências solicitadas por legislação e normas técnicas para, assim, demonstrar as condições físicas das instalações do edifício, verificando atendimentos aos itens solicitados e a intensidade da adaptação, quando necessária. Dessa forma, demonstra-se três premissas para adequação ao item analisado: adaptação simples, adaptação de instalação e adaptação civil. Na instituição de estudo, foi verificado que ela atende vários itens analisados e à atual demanda de seus alunos, entretanto, deverá realizar adequações, como guarda-corpos, regularização de calçadas, vão luz, barras de apoio, entre outros, para que seja fisicamente acessível a todo aluno em potencial. Portanto, o laudo busca contribuir no reconhecimento do atendimento aos itens de acessibilidade física do espaço escolar, demonstrando as rotas acessíveis mais adequadas e em quais itens e onde se deve atuar para que a escola esteja em acordo com as exigências legais. Da mesma forma, enfatiza a importância da arquitetura e urbanismo inclusivos e, como isso, melhora a qualidade de vida da sociedade e sua influência no desenvolvimento estudantil e na construção de cidadãos que reconhecem, respeitam e valorizam as diferenças.

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