Que as impressoras 3D são uma realidade todos sabemos, mas como foi o início de todo esse processo? Com preços cada vez mais acessíveis e alcance de impressão sem limites para nossa imaginação, as impressoras 3D invadiram o mercado. Usadas para prototipar invenções ou fabricar produtos para pesquisas científicas de ponta ou dentro de nossas casas, não questiona-se mais seu potencial. Inventadas há 30 anos, foi somente nos últimos anos que viu-se um aumento exponencial na comercialização dessas impressoras, tendo as empresas Stratasys, EOS, HP, GE Additive e 3D Systems despontando como as maiores do segmento. Segundo a reviste Forbes, com base em um relatório da consultoria norte-americana Wohlers Associates, a receita com a venda de produtos relacionados à manufatura aditiva para 2020 é de 15,8 bilhões de dólares, estimando-se ainda que em 2024 essas receitas atinjam 35,6 bilhões de dólares. A criação de materiais inovadores que aumentem o escopo de aplicação da impressão 3D é um fator crucial para a expansão desse mercado ao longo dos próximos anos. Por mérito de diversas pesquisas científicas, novos materiais vem sendo desenvolvidos para utilização em impressoras 3D, variando de biocompósitos, utilizados na área médica, a compósitos cerâmicos que suportam até 1300 °C, aliados a tecnologias de impressão 3D mais recentes, como a SLS (selective laser sintering) e FDM (fused deposition modeling). O objetivo geral deste trabalho foi pesquisar como surgiram as primeiras impressoras 3D e para qual uso se destinavam. Foi realizado um estudo nos principais periódicos da área da Manufatura Aditiva (Additive manufacturing, International Journal of Advanced Manufacturing Technology, Proceedings of SPIE The International Society For Optical Engineering, Rapid Prototyping Journal e Procedia CIRP) e em sites especializados no assunto. O artigo, no que se refere a sua natureza, teve um caráter descritivo e aplicado, com abordagem qualitativa, objetivos exploratório e procedimentos de coleta classificados como bibliográfico e documental. Através deste trabalho foi possível observar que a primeira impressora 3D surgiu em 1986, inventada e patenteada por Charles W. Hull. Na época, frustrado com o longo tempo necessário para produzir peças para a prototipagem de novos produtos, o engenheiro norte-americano teve a ideia de sobrepor milhares de finas camadas de plástico e fundi-las utilizando luz UV – o que possibilitou a modelagem dos objetos em 3 dimensões, em um processo que ficou conhecido como estereolitografia (SLA). Nota-se que a manufatura aditiva vem sendo objeto de diversas pesquisas acadêmicas no mundo todo, o que indica a existência de um vasto campo de pesquisa a ser desenvolvido, e consequentemente, um número ainda maior de aplicações a ser descoberto. Assim sendo, mudanças expressivas ocorrerão nos próximos anos, podendo impactar desde a forma pela qual produtos são desenvolvidos, até o modo pelo qual implantes são construídos e inseridos em seres humanos.