MATRIZES EPISTEMOLÓGICAS NOS ESTUDOS ORGANIZACIONAIS: UMA ANÁLISE A PARTIR DA LÓGICA DOMINANTE EM SERVIÇO E DA COCRIAÇÃO DE VALOR COMO ALTERNATIVA DE RESULTADOS DE MAIOR VALOR

Fernando Batista Bandeira da Fontoura, Lavinia Lopes de Mello, Luis Carlos Alves da Silva, Flavio Régio Brambilla

Resumo


O presente artigo faz uma contextualização da contribuição das matrizes epistemológicas para os estudos regionais e sócio-organizacionais a partir de reflexões relativa às matrizes: empírico-analítica, hermenêutica e crítica através das abordagens sociológicas, tendo como objetivo, realizar uma análise da circularidade das matrizes epistemológicas e das reconstruções epistêmicas a partir das abordagens sociológicas nos estudos organizacionais. O ensaio apresenta uma crítica aos modelos positivistas unidimensionais e generalizadores, embora reconheça-se a importância de suas implicações para o desenvolvimento em um período marcado pelo sistema taylorista e pelo modelo cartesiano. O estudo aborda, neste sentido, as formas de como as teorias e organizações se desenvolveram alinhadas à evolução da sociedade, baseadas em serviços e supersimbolos alertando sobre a necessidade de revisão das dinâmicas territoriais de organização social e das matrizes epistemológicas para uma visão alinhada ao desenvolvimento regional. Nesse contexto desenvolver um marco teórico para o desenvolvimento organizacional multidimensional, através da teoria critica partiu de observações empíricas e epistemológicas que evidenciaram a necessidade de se construir um novo pensamento de marketing, que priorize menos o mercado e mais social e as organizações, que estimule a racionalidade substantiva ao invés da instrumental, que priorize a epistemologia crítica e não só o positivismo, e de se pensar em desenvolvimento organizacional, contrapondo-se à visão de crescimento, ainda hegemônica, e que este esteja focado menos no produto e mais no serviço. A partir da análise alicerçada nas três matrizes epistemológicas, empírico-analítica, hermenêutica e na matriz crítica, desenvolver um novo pensamento de marketing, que não tem pretensões de desenvolver novas teorias, mas sim, criar uma agenda de pesquisa baseado em organizações, mercados e desenvolvimento partindo do pressuposto epistêmico de crise do taylorismo/fordismo, e as múltiplas possibilidades de uma sociedade pós-industrial em formação, envolvendo entendimento dos reflexos de matrizes epistemológicas na sociedade e nas organizações, bem como o desenvolvimento organizacional multidimensional, servindo como uma base para surgimento do novo pensamento do marketing alcunhado a lógica dominante do serviço. A revisão das abordagens epistemológicas nos estudos organizacionais alerta para novas formas para além do paradigma positivista e para uma sociedade que não está mais totalmente atrelada ao modelo de produção em massa predominante pós revolução industrial configurando uma lógica supersimbólica e dominante em serviços. A presente pesquisa ainda apresenta a contribuição da Lógica Dominante do Serviço e da cocriação de valor como alternativa para geração de resultados de maior valor.


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