UTILIZAÇÃO DO ERRO COMO AUTOAVALIAÇÃO: VISANDO AO APRENDIZADO EM FÍSICA
Resumo
Os paradigmas, atrelados ao ensino de física no Ensino Médio das escolas estaduais, estão vinculados a uma noção tecnicista e objetivam a formulação de conceitos, a diversidade de construções e meios diferentes para se chegar a um mesmo resultado, que nem sempre são, devidamente, explorados. A metodologia atual, fundamentada na ideia de relacionar conceitos, fórmulas e exercícios pode ser considerada limitada sob o ponto de vista da exploração, da caracterização de ideias e pensamento físico e matemático crítico frente à resolução de problemas. Sendo assim, é possível observar que há uma série de fatores que decorrem desse tipo de metodologia que acabam influenciando negativamente na produtividade do aluno e no seu interesse pela vocação de pesquisador atuante. Dentre esses fatores está o costume do aluno em assumir uma postura passiva em sala de aula, configurando uma estrutura de proliferação dos conhecimentos focada, quase que exclusivamente, no professor, quando deveria ser focada no desenvolvimento do aluno. Também pode ser citado, como fator que gera desmotivação no aluno, o formato da avaliação escolar, que em vez de indicar o nível de construção do conhecimento, gera um mecanismo preocupado apenas com notas e não com a evolução. Dessa forma, é interessante que haja uma vinculação entre a resolução de problemas e as aulas expositivas, mas de maneira diferente, que possa provocar maior determinação dos alunos, colocando-os como agentes centrais na construção do conhecimento, sendo o professor um mediador desse processo. Dessa maneira, foi possível analisar que os exercícios de fixação e, principalmente, os problemas propostos em aula assumem um papel decisivo. Assim, os alunos deveriam estar mais dispostos a pensar, elaborar construções mais sólidas no seu próprio ritmo de estudo e evoluir conforme sua disposição de pesquisar de maneira independente. Nesse modelo de proposição de questões, o erro não seria atrelado à falta de conhecimento, mas sim ao ganho de conhecimento, uma vez que propicia o aprendizado. A análise do erro seria muito mais importante do que o próprio acerto, pois focalizaria a necessidade do aluno em aprender determinado ponto específico daquele problema. Conforme o aluno acertasse problemas vinculados a determinado conteúdo e errasse questões atreladas a outro, seria dado a ele mais questões do conteúdo que ele errou. Desse modo, as questões estariam sendo individualizadas para o nível, forma e caracterização da construção do conhecimento específica de cada aluno, gerando mais interesse pelo conteúdo. Este estudo objetivou correlacionar métodos mais eficientes de construção do aprendizado com as dificuldades dos alunos, bem como a sua superação, de modo a gerar conhecimento e induzir o estudante a exploração das próprias dificuldades em respeito ao seu próprio repertório matemático no desenvolvimento dos problemas. Dessa maneira, assimilando a capacidade individual dos alunos no estabelecimento da construção real no conhecimento. Portanto, esses requisitos de aprendizado em física foram implementados em sala de aula, com alunos do município de Santa Cruz do Sul, por meio de resumos expondo o principal e indispensável da matéria a ser estudada, seguida de exercícios de fixação. Tais materiais visaram incluir os conceitos centrais da disciplina e estabelecer um vínculo com a didática e os exercícios propostos pelo professor.
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