A Equipe Baja de Galpão é um projeto de extensão da Universidade de Santa Cruz do Sul, que gerencia, projeta, constrói, testa e promove um veículo off-road do tipo Baja, com o intuito de ser posto em competições estudantis promovidas pela SAE BRASIL (Society of Automotive Engineers). O foco não está somente nas competições, mas também na construção de conhecimento por parte de quem participa do projeto de extensão, ou seja, a equipe sempre está em busca de um aprimoramento contínuo, baseado em estudos técnicos, melhorias de projeto e uma gestão bem estruturada, que resultará em melhores níveis nos âmbitos competitivos, contribuindo para propagandear o nome da universidade. Para isso, a criação de novas ferramentas, análises, testes e validações são buscadas a todo momento. O sistema de suspensão e direção interfere diretamente na dinâmica vertical, lateral e também longitudinal, tendo influência em aceleração, velocidade, em curvas, transposição de obstáculos, entre outros aspectos. Dessa forma, o processo de geometria do veículo, responsável pelo ajuste do sistema de suspensão, necessita de ferramentas que entreguem confiabilidade e precisão para a aferição de medidas, pois caso o processo de geometria não fique conforme projetado, a influência dos parâmetros de suspensão como convergência e cambagem por exemplo, podem causar desempenho não esperado pelo protótipo. Para o sistema de suspensão e direção do protótipo BG18.3, foram buscadas melhorias no processo de geometria, que anteriormente eram ajustados pela distância entre pneu e chassi, um processo impreciso, devido às ondulações presentes no pneu e a falta de ferramentas que possibilitassem o processo de geometria de outra maneira, como um base que pudesse ser acoplada ao cubo de roda do veículo. Para isso, foi projetado um suporte que atendesse às necessidades da equipe para o processo de geometria, como uma base plana acoplável ao cubo de roda, uma área definida para que as ferramentas de medida pudessem ser presas, regulagem de altura para os diferentes tamanhos de pneus usados pela equipe e uma base de contato com o chão que fosse móvel, permitindo que o pneu fosse angulado para ajustagem de cambagem. Esses dispositivos possibilitam que o processo de geometria seja feito com maior precisão comparado ao processo anterior, por meio da aferição da distância entre chassi e suporte, e também utilização de um nível digital para o ajuste de cambagem. A partir deste suporte, testes e análises podem ser feitos com novas configurações de suspensão para o veículo mais fácil e rapidamente, além de obtermos melhores resultados entre o protótipo projetado e o real, além de melhoria em aspectos dinâmicos do protótipo.