PLANEJAMENTO DE CARREIRA: UM ESTUDO COM OS FORMANDOS DE UM CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Marlei Ambrosi, Daniel Henriq Kreutz

Resumo


 

No passado era comum as pessoas começarem a trabalhar em uma empresa e permanecerem nela até a aposentadoria, sendo que nesses casos o planejamento da carreira ficava sob responsabilidade da própria empresa. Entretanto, em virtude das mudanças ocorridas no mercado de trabalho a partir de 1950, a busca pelo conhecimento tornou-se cada vez mais necessária e a troca de empresas durante a carreira, algo normal. Nesse sentido, planejar a carreira, que é definido como “a sequência de experiências ocupacionais ao longo do tempo", que pode ocorrer ou não na mesma profissão, seja na condição de empregado, trabalhador por conta própria, ou, ainda como empresário” (MACEDO, 1998, p. 177), passou a ser responsabilidade de cada pessoa. De encontro a isso, a presente pesquisa realizada no primeiro semestre deste ano, teve como objetivo analisar a percepção dos 41 formandos do ano de 2011, do curso de Administração de Empresas do Centro Universitário Univates sobre planejamento e gestão de carreira, destacando o motivo da escolha do curso e da Univates como instituição formadora, bem como se os mesmos planejam suas carreiras e se utilizam alguma ferramenta para isso. Para tanto, o estudo teve duas fases distintas e relacionadas: a primeira fase, exploratória e qualitativa, onde foi realizada pesquisas bibliográficas e documentais, ressaltando que, por ser um assunto relativamente recente na área da administração, ainda não existem muitas publicações referente ao assunto. Os principais autores consultados foram: Chanlat (1995), Chiavenato (1992, 2006, 2008 e 2009), Dias e Soares (2009), Dutra (2007), Farias (2005), Macedo (1998), Moggi e Burkhard (2003), Schein (1996), White (2008) e Xavier (2006), bem como a revista Você S/A, publicação nacional sobre carreira e finanças pessoais. Já na segunda fase, descritiva e quantitativa, foi aplicado o questionário elaborado a partir das informações obtidas na primeira fase com a população-alvo, tendo 87,80% de respondentes. Dentre os resultados encontrados, destaca-se que a escolha do curso para a maioria foi em função de ligação com a atividade profissional e enquanto a escolha da Univates foi pela proximidade geográfica. Em relação ao planejamento de carreira, mais da metade dos formandos não planeja sua carreira, sendo que alguns apenas estabelecem objetivos e metas, não fazendo nenhuma revisão e não utilizando nenhuma ferramenta para o planejamento. Em função disso, aqueles que trocaram de atividade profissional/empresa apenas aproveitaram uma oportunidade enquanto os que foram promovidos justifica-se em função do tempo em que estão na mesma empresa. Por fim, sugere-se que a Univates amplie a coletânea de livros sobre o assunto disponível na biblioteca, crie uma disciplina de Tópicos Especiais em Administração ou um curso de extensão sobre o assunto, bem como estruture um Núcleo de Carreiras, que será responsável por oferecer um serviço para os alunos da instituição no sentido de auxiliá-los a planejarem e gerenciarem suas carreiras, uma vez que constatou-se que os formandos teriam interesse nesse trabalho e estariam dispostos a pagar por ele.

 


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