Como gerenciador do serviço de enfermagem hospitalar, o enfermeiro tem papel fundamental em proteger o paciente de qualquer risco, inclusive aqueles relacionados à sua assistência. A recuperação do paciente depende muito das ações prestadas pela enfermagem, ou seja, da “qualidade do serviço”. Portanto, é de suma importância que o enfermeiro promova uma assistência que gere uma maior segurança ao usuário, diminuindo os riscos de infecção hospitalar, de úlceras por pressão, de quedas, de erros de medicação, entre outros. Essas situações podem vir a prejudicar a recuperação e estender o período de internação hospitalar. Percebe-se que a falta de informação dos profissionais sobre os eventos adversos que podem ser trazidos ao paciente, vem prejudicando a ação dos gestores no desenvolvimento de um planejamento voltado a melhoria da assistência e a minimização desses eventos, colocando em risco a segurança do paciente. No entanto, há como desenvolver estratégias que garantam a prática segura, melhore a qualidade da assistência prestada e, consequentemente, forneça maior segurança ao paciente. Logo, sentiu-se a necessidade de identificar as ações dos enfermeiros intensivistas relacionados à prevenção de riscos que possam proporcionar aos pacientes sob seus cuidados. Nesse sentido, através de um estudo convergente assistencial, os enfermeiros intensivistas, de um hospital do interior do Estado do Rio Grande do Sul, foram entrevistados no período de julho a agosto de 2011. Atuar em Terapia Intensiva adulta foi o único critério para inclusão desses sujeitos no trabalho. A partir dos resultados pretende-se agendar um encontro com os sujeitos para discutir formas de melhor planejamento e estratégias para a promoção de segurança do paciente, evitando práticas inseguras. Acredita-se também ser possível descobrir quais os fatores que interferem na implementação dessas medidas. Levando em conta que a Unidade de Terapia Intensiva é um lugar onde estão pacientes mais críticos, se considera crucial o enfermeiro, identificar esses riscos. Para tanto, é importante que ocorra uma interligação da teoria com a prática, a fim de proteger os valores da enfermagem, procurando centrar ações no paciente e na família de modo integral e individual. No entanto, nota-se que muitos enfermeiros não estão suficientemente mobilizados quanto à necessidade de sistematizar uma assistência pautada na segurança do paciente. Acredita-se que, por ser um assunto novo, exista uma preocupação, mas ainda não contempla as exigências na prevenção de danos ao paciente. É importante enfatizar o valor de um cuidado prestado com qualidade, enfocando o serviço desse profissional que permanece, por vezes, por um longo período junto ao paciente. Assim, espera-se que este trabalho possa permitir momentos de reflexão que possibilitem organizar estratégias com o intuito de colocá-las em prática, bem como valorizar as ações de enfermagem diante desse problema e proporcionar subsídios para aprimorar o serviço desse profissional.