AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E ALIMENTAÇÃO DE PORTADORES DE PARALISIA CEREBRAL ATENDIDOS NO SERVIÇO DE REABILITAÇÃO FÍSICA NÍVEL INTERMEDIÁRIO (SERFIS), NO MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL

Bianca Ines Etges, Flora Maiana Silveira, Tatiane Holdefer

Resumo


 

A paralisia cerebral (PC) é uma das deficiências de desenvolvimento mais comuns. A paralisia cerebral é caracterizada como uma encefalopatia estática que pode ser decorrente de causas no pré-natal, no parto ou no pós-natal, sendo que 70% a 80% dos casos são adquiridos, tanto no pré-natal quanto de causas variadas desconhecidas. A alimentação em crianças com PC é insuficiente, devido aos próprios problemas neurológicos associados à deficiência, como retardo mental, epilepsia e deficiência de visão e audição, o que acaba ocasionando um déficit no estado nutricional e uma falha no desenvolvimento físico da criança O presente estudo tem por objetivo avaliar o estado nutricional dos pacientes com PC atendidos no Serviço de Reabilitação Física Nível Intermediário (SERFIS), da Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC, identificar os fatores de risco neonatais e as dificuldades alimentares. Farão parte da pesquisa aproximadamente 80 pacientes com PC atendidos no Serviço de Reabilitação Física – Nível Intermediário, da Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC do município de Santa Cruz do Sul –RS. O período de estudos terá início em setembro de 2011. A coleta de dados do questionário e avaliação antropométrica será realizada na clínica da fisioterapia da UNISC, nos dias de triagem do projeto. Para avaliação das variáveis físico-funcionais será aplicado um questionário com informações sobre habilidade para alimentar-se sozinho, dificuldade para deglutir, informações sobre riscos neonatais, avaliação da classe social das famílias e tipo de PC de cada paciente. Para aferição das medidas antropométricas serão utilizados as seguintes técnicas e instrumentos: Comprimento para crianças menores de 2 anos e pacientes que apresentem quadriplegia e diplegia (em pacientes quadriplégicos e alguns diplégicos, devido ao alto grau de comprometimento motor, será realizada a instrução conforme a OMS, que indica diminuir 0,5 centímetros dos comprimentos acima de 84,5cm, pois, as mesmas medidas deitadas, são, em média, maiores que as em pé); Altura para crianças maiores de 2 anos e pacientes que consigam ficar na posição ortostática; Peso para menores de 2 anos com balança pediátrica e para maiores de 2 anos balança antropométrica; Perímetro do Braço (PB) e Prega Cutânea Tricipital (PCT). Em relação ao questionário físico-funcional, aplicado aos responsáveis ou pais dos portadores de PC, será feito uma análise de conteúdo, onde verificar-se-á as condições socioeconômicas, causas neonatais e as dificuldades na alimentação.A avaliação da classe social das famílias será feita por método de pontuação, adaptado da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP), no qual as famílias serão classificadas de maneira pertinente, dentro de uma das classes sociais, A,B,C,D e E. A classificação do tipo de PC será obtida através do prontuário do paciente, conforme diagnóstico estabelecido no Serviço de Reabilitação Física – Nível Intermediário da UNISC. Para a obtenção dos resultados em percentual, será utilizado o programa Microsoft Excel, a fim de análise e discussão dos resultados. Os resultados serão apresentados á equipe do projeto a qual a pesquisa foi realizada e oralmente em banca de Trabalho de Conclusão do Curso de Nutrição. Espera-se com os resultados, qualificar a orientação nutricional e propor alternativas que venham melhorar a alimentação desses pacientes e consequentemente sua qualidade de vida.

 


Apontamentos

  • Não há apontamentos.