Aplicabilidade da técnica PIXE para avaliar a concentração cromo em ratos Wistar pré-diabéticos
Resumo
Dieteticamente,o Cromo (Cr+3), em diferentes formas comerciais, tem sido sugerido como umaalternativa para o tratamento da Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM2), no entanto,este aspecto permanece controverso. Muitos estudos indicam que o Cr+3 podeatuar no metabolismo da glicose, potencializando a ação da insulina. Até apresente data, poucos estudos avaliaram a concentração do Cr, no sangue ou emórgãos, após suplementação de Cr, a fim de avaliar a efetividade do elemento.Ainda neste contexto, sabe-se que o Cr+3 possui uma baixa taxa de absorção oque dificultaria essa quantificação. A técnica de Particle Induced X-ray Emission (PIXE) pode ser um métodoalternativo para avaliar a concentração de Cr+3 no sangue e em órgãos. Nesteestudo, avaliou-se a efetividade da técnica de PIXE para detectar cromo emamostras biológicas num modelo animal de pré-diabetes suplementado com Cr+3.Ratos Wistar machos com cerca de 100 dias de idade foram induzidos aopré-diabetes (fase inicial no estabelecimento da DM2) por administração deaçúcar invertido (32% na água de beber) durante 17 semanas. Cr+3, na forma deClCr3 (cloreto de cromo), foi administrado concomitantemente com o açúcarinvertido como estratégia para evitar estabelecimento DM2. Os níveis de Cr nosangue, fígado e pâncreas foram determinados pela técnica PIXE. Os resultadosindicaram que a suplementação com ClCr3 associado com o açúcar invertido apresentouum efeito hipoglicemiante, no qual o Cr apresentou glicemia semelhante as dosanimais do grupo que utilizou apenas ClCr3. A ingestão efetiva de Cr+3 diferiusignificativamente (p<0,01) entre os grupos suplementados com ClCr3. Asconcentrações de Cr no sangue também diferiram significativamente entre osgrupos, apesar de ter sido observada a maior ingestão de Cr+3 pelos ratostratados com açúcar invertido mais ClCr3, mesmo que esses animais nãoapresentavam níveis significativamente aumentados de Cr no sangue em relação aogrupo controle. Este aspecto pode indicar que pré-diabetes esgotou o nível deCr no sangue. A técnica PIXE não foi capaz de detectar as concentrações de Crno fígado, entretanto foi possível de detectar Cr no pâncreas. O açúcar invertidoinfluenciou significativamente na absorção do Cr no pâncreas (p<0,001). Essadiminuição de Cr observada no grupo que recebeu ClCr3 e açúcar invertido podeestar relacionada com a potencialização da ação da insulina. Em conclusão, atécnica PIXE foi eficaz de detectar níveis de Cr no sangue e no pâncreas, masnão no fígado neste modelo de rato pré-diabético suplementado com Cr+3.
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