Agestação é um processo de mudanças significativas na vida de uma mulher, tantofísicas e sociais, quanto emocionais. A gravidez reflete experiênciaspsicológicas anteriores ao momento da gestação, tais como as vivências com ospais, o triângulo edipiano e a separação de filha, para que a mulher aos poucospasse a assumir o papel de mãe dentro de sua família. O diagnóstico damalformação é recebido pela mãe e pelo pai de maneiras individuais; destaforma, cada qual produz interações com suas próprias expectativas, conscientesou inconscientes para com seu filho. Estas interações produzem impactospsicológicos tanto no portador da malformação quanto nos pais e familiares. Onascimento de um bebê com malformação pode gerar reações na família quedificultem o vínculo, o funcionamento familiar, refletir de forma negativa nomeio social trazendo consequências psicológicas ao paciente. A malformaçãolabiopalatal é a mais comum das malformações da face e a cicatriz da cirurgiamarcará as interações sociais deste bebê. Diante do diagnóstico é importanteconsiderar as condições de cuidado que os pais conseguirão ter para com seubebê, principalmente das mães, pois em virtude da formação do vínculo, osprimeiros meses de vida são fundamentais para fortalecer as ligações afetivas eo apego entre ambos. Diante disto, o objetivo do presente estudo será analisaros sentidos produzidos nos discursos de mães frente ao nascimento de filhos commalformação labiopalatal e os recursos da rede do SUS disponibilizados para ocuidado. Trata-se de um estudo descritivo exploratório com abordagemqualitativa e quantitativa, a ser realizado na Fundação para Reabilitação dasDeformidades Crânio-Faciais - FUNDEF, que atende pacientes com fissuraslabiopalatais nas instalações do Hospital Bruno Born de Lajeado/RS, procedentesda 8ª, 13ª e 16ª Coordenadorias Regionais de Saúde, com todas as mães queparticiparem da primeira consulta denominada “acolhimento”, no período de 1º dejaneiro de 2016 à 31 de maio de 2016 que aceitarem participar da pesquisa,estima-se aproximadamente 15 mães. Serão realizadas entrevistassemi-estruturadas com as mães, elaborada e aplicada pela pesquisadora. Aentrevista abordará dados de identificação, dados referentes à gestação,diagnóstico da malformação e impactos na família e redes de apoio. Espera-seque esta pesquisa possa contribuir para ações interdisciplinares de promoção àsaúde das mães de bebês portadores de malformações labiopalatais no estado doRio Grande do Sul, mas principalmente nas regiões de abrangência do centro dereabilitação pesquisado no estudo, quais sejam 8ª, 13ª e 16ª Coordenadorias deSaúde.                               Palavras-chave: malformaçãolabiopalatal, maternidade, vínculo, cuidado