ADiabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica causada por um distúrbio metabólicoresultante de defeitos na secreção e/ou ação da insulina, caraterizada porhiperglicemia. O exercício físico juntamente com uma alimentação adequada e umbom controle insulínico, parece ser essencial para o controle do DM por,aumentar a sensibilidade e resposta a insulina. Contudo, ainda existem muitaslacunas no que diz respeito à prescrição de diferentes intensidades deexercícios e a recuperação física em sujeitos diabéticos. O objetivo destapesquisa é avaliar a recuperação física após a prática de uma sessão aguda deexercício físico em ratos diabéticos, e os efeitos da prática crônica deexercícios em marcadores bioquímicos e histológicos em ratos diabéticos. Osratos foram divididos em 6 grupos de 8 animais, sendo três grupos com ratosdiabéticos (DS, DB e DA) e três grupos de ratos não-diabéticos (NDS, NDB eNDA). Grupos DS e NDS não realizarão exercício, DB e NDB realizarão exercíciode baixa intensidade (natação com sobrecarga de 2% do peso corporal) e DA e NDAde alta intensidade (natação com sobrecarga de 15% do peso corporal). A DM foiinduzida intraperitonealmente por meio de 1 administração de Aloxano(150mg\kg). A coleta de amostras de sangue na parte aguda do experimento foirealizada através da veia da cauda nos tempos 0h, 48h, 120h e 240 horas apósuma única sessão de exercício. Na parte crônica, a coleta deu-se logo após aeutanásia. Tanto para o tratamento crônico quanto o agudo, foram analisadomarcadores de dano muscular (CK e LDH), de fadiga muscular (Lactato) eglicemia. Para o tratamento agudo, foram também dosados marcadores deinflamação (PCR) e de estresse oxidativo (SDO, CAT e GPx), além de análiseshistológicas (rins, pâncreas, fígado e músculo). Segundo dados preliminares, osgrupos diabéticos tiveram uma elevação nos marcadores em relação aosnão-diabéticos, principalmente na CK (20%), Glicemia (45%) e no Lactato (48%).O exercício promoveu um aumento nos marcadores em todos os grupos, sendo este aumentoproporcional à sua intensidade. Nos grupos NDB e NDA os marcadores voltaram ànormalidade entre 48 horas (CK, LDH e Glicemia) e 120 horas (Lactato) após asessão, e nos grupos DB e DA, estes marcadores demoraram entre 120 horas (CK,Lactato e Glicemia) e 240 horas (LDH) para voltarem ao nível do controle. A DMe a maior intensidade do exercício físico, juntos ou individualmente, elevammarcadores de dano e fadiga muscular, acabando por atrasar a recuperaçãofísica. O exercício de baixa intensidade trouxe menores risco aos diabéticos,por não elevar muito os marcadores de dano e fadiga, e também promoveu melhoresbenefícios para diabéticos, principalmente o controle glicêmico e por reduziros valores de CK, LDH e glicemia abaixo do grupo controle ao final do processode recuperação. Concluímos que a DM eleva marcadores de dano e fadiga muscular,e este aumento é proporcional às intensidades do exercício físico, sendonecessário em torno de 120 horas para exercícios de intensidade baixa e 240horas para exercícios de intensidade alta, o tempo indicado para uma completarecuperação física de sujeitos sedentárias diabéticos, antes de começar umanova sessão. Estamos analisando os dados do tratamento crônico.                         Palavras-chave: diabetes Mellitus,recuperação física, dano muscular, exercício físico.