Introdução:A segurança do paciente representa um dos maiores desafios para a excelência daqualidade no setor saúde, e se caracteriza pela preocupação com os danosgerados ao paciente na prestação dos cuidados de saúde. Neste processo, oexercício da liderança, em sentido amplo, gera reflexos no desenvolvimento deum grupo de trabalho, uma vez que a equipe possui como parâmetro o modelo doseu gerenciador. O papel do enfermeiro, especificamente, é a gerência deunidades, o controle de recursos materiais e humanos, o planejamento e aexecução do cuidado, além da delegação de atividades, com a respectivasupervisão e orientação da sua equipe. Para os enfermeiros, diante dessasatribuições, as unidades de emergência constituem-se em uma das áreas maiscomplexas de um estabelecimento de saúde. Trata-se da porta de entrada dassituações urgentes e emergentes, onde agilidade, alta demanda e diversidades declientes são práticas rotineiras. Assim, a qualidade do atendimento passa a serum desafio para as equipes, incluindo-se, a segurança do paciente. Objetivo:Mensurar o percentual de contribuição dos supervisores/chefes de enfermagem napromoção da cultura de segurança do paciente em unidades de emergência.Metodologia: Pesquisa quantitativa, de delineamento transversal, realizada emsete hospitais com atendimento de urgência/emergência, localizados emmunicípios integrantes da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde do Rio Grande doSul. Os dados foram coletados no mês de junho de 2015, após aprovação do Comitêde Ética e Pesquisa da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) sob protocolonº 1.061.508. A população do estudo foi composta por 112 profissionais deenfermagem das unidades de emergência. Foi aplicado o questionário Hospital Survey on Patient Safety Culture(HSOPSC), que permite avaliar a cultura de segurança do paciente em organizaçõesque prestam assistência à saúde, por meio de 42 itens, estruturado em 12dimensões. Para este estudo, foi analisada a dimensão Expectativas sobre o meusupervisor/chefe e ações promotoras de segurança do paciente. A avaliação dosdados foi estimada no percentual de respostas positivas, obtida pelo cálculo dacombinação das duas categorias mais elevadas entre as cinco opções derespostas, indicando atitudes positivas em relação à cultura de segurança dopaciente. Resultados e Discussão: Dos participantes do estudo, 71,4% sãotécnicos de enfermagem e atuam entre 1 e 5 anos na respectiva unidade deemergência (46,2%); 27,7% são enfermeiros e atuam no setor de emergência de 1 a5 anos (54,8%). Os dados apontaram que as expectativas sobre o supervisor/chefee suas ações promotoras de segurança do paciente, na visão dos técnicos deenfermagem, atingiu 78,6% de respostas positivas e dos enfermeiros, 78,4%,sendo considerada um ponto forte na cultura de segurança nas instituiçõesestudadas. Estes percentuais evidenciaram que a maioria dos sujeitos acreditaque o seu supervisor/chefe considera relevante as sugestões acerca da temática,bem como elogiam os trabalhos desenvolvidos para melhoria da segurança dopaciente. Ainda, revelam que problemas relacionados à segurança na assistênciaem saúde não são negligenciados. Conclusão: A postura comprometida do lídergerenciador, em uma instituição de saúde, promove a satisfação e a motivação dasua equipe, refletindo positivamente na estrutura organizacional e, consequentemente,na segurança do paciente.                         Palavras-chave: Segurança do Paciente;Enfermagem; Assistência à Saúde; Emergências