DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE MAMA: ANALISE DE UMA POPULAÇÃO ASSISTIDA POR PLANOS DE SAÚDE PRIVADA, NA REGIÃO CENTRAL DO RIO GRANDE DO SUL.

João Nazareno Da Silva Ethur, Andréia Rosane de Moura Valim, Marcos Conti Silva, Iohanna Gomes Coelho, Nelson Vinicius Lima da Curz, Angelina Bopp Nunes, Franciele Pereira Madeira, João Ricardo Leal Mascarenhas, Sabrina Ribas Freitas, Lia Gonçalves Possuelo

Resumo


Introdução:o câncer de mama constitui patologia com características epidemiológicas eclínicas heterogêneas, e a curabilidade depende da precocidade do diagnóstico ede estratégias de rastreio.  Objetivo:Analisar aspectos diagnósticos e epidemiológicos, relativos a suspeita clinicainicial em pacientes com câncer de mama, de uma amostra atendida em clínicaprivada da região central do Rio Grande do Sul. Método: Estudo transversaldescritivo e analítico, a partir da revisão de 175 prontuários de pacientesdiagnosticadas com câncer de mama, estadios I, II e III, sem metástasesidentificadas no momento do diagnóstico, no período de primeiro de janeiro de1999 a 31 de dezembro de 2009. Foram coletados dados referentes à idade,escolaridade, tamanho tumoral, estadiamento da doença e forma de suspeitadiagnóstica de uma população com acesso à saúde privada, provenientes de 44municípios da região centro-oeste do estado. Os dados foram tabulados em SPSSv.20.0 e as análises descritivas realizadas também no mesmo software. Resultadose discussões: em relação a faixa etária, 28,4% estavam entre 40 e 49 anos e50,29% entre 50 e 69 anos. Quanto à escolaridade, 54,7% possuíam curso superiore 16,2% ensino fundamental. Em 63,8%, as dimensões histológicas do tumor eramiguais ou inferiores a 2,0 cm, sendo que 51,4% como estadio I. Foi avaliada aforma de suspeita diagnóstica, sua relação com o tamanho histológico da lesão,correlacionando com a faixa etária. Em 41,1% de todos os casos, o tumor foiidentificado pela própria paciente, ao acaso ou em autoexame. A mamografia (MM)foi responsável pela suspeita inicial em 40,6% dos casos, enquanto a ecografiae o exame físico, realizado por médico, identificaram alterações em apenas 4,0%e 3,4%, respectivamente. Na suspeita inicial, em 96 pacientes diagnosticadascom menos de 2,0cm, 55,2% relataram pela MM, 28,12% pela própria paciente, sejaem autoexame, ou palpando ao acaso, 6,25% exclusivamente pelo ultrassom e 4,1%no exame físico de rotina com o ginecologista. Ao estratificar por idade, osdados mostraram que em mulheres mais jovens, isto é, menores de 39 anos, onúmero de casos diagnosticados pela própria paciente, foi quatro vezes maior doque por exames de imagem (MM 16,6%, paciente 66,6%). Os resultados mostram emuma população de nível sócio cultural elevado, uma distribuição por idade deacordo com dados de outras regiões do país. No total da amostra, os tumoresidentificados pela própria paciente foram similares, em proporção, aos achadosda MM, porém em tumores menores de 2,0 cm, com maior potencial de cura, a MMfoi responsável por um maior número de diagnósticos. Quando escalonados porfaixa etária, a proporção de diagnósticos mamográficos foi maior entre 50 e 69anos, faixa que corresponde à maior incidência e que é contemplada pararastreio, pelos critérios do ministério da saúde. Apenas 7,6% dos casosocorreram abaixo dos 39 anos, onde a densidade mamária reduz significantementea sensibilidade dos métodos de imagem e a maior parte dos diagnósticos são  realizados pela própria paciente. Conclusão: osachados deste estudo mostram uma taxa alta de diagnósticos precoces, quandocomparadas à literatura e mostram que o investimento em informações com buscaativa nas populações vulneráveis, são determinantes para um diagnósticoprecoce, refletindo em uma maior curabilidade da doença e reduzindo os custosterapêuticos pelos planos de saúde e Sistema Único de Saúde.                         Palavras-chave: Câncerde Mama, Epidemiologia, Diagnóstico em câncer de mama, Breast Cancer, Cancro deMama.

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