PRESENÇA DE DOR NAS COSTAS EM CRIANÇAS E SEUS PAIS

Natalí Lippert Schwanke, Tássia Silvana Borges, Cézane Priscila Reuter, Miria Suzana Burgos

Resumo


Introdução:Patologias que acometem a coluna vertebral são consideradas fatores que elevamos índices de afastamento do trabalho, bem como a procura por atendimentomédico. Além de confirmar apontamentos da Organização Mundial da Saúde (OMS),que sinalizam que 80% da população mundial já sofreram ou sofrem algum tipo deincômodo relacionado a esta estrutura, doenças que acometem a coluna vertebralsão consideradas um problema de saúde pública. Em relação à população infantil,a dor nas costas apresenta uma prevalência que varia de 4,7% a 74,4%. Problemasde coluna, principalmente aqueles de ordem postural, tem seu início durante ainfância e adolescência, período do estirão de crescimento em combinação comhábitos posturais errôneos. Quando não tratados de forma precoce, podem serirreversíveis e incapacitantes na idade adulta. Objetivo: Verificar afrequência de dor nas costas referida em escolares e seus pais pré epós-intervenção com orientação interativa de hábitos posturais. Método: Estudoquase-experimental com medidas de pré e pós-testes realizadas em grupoexperimental e controle. Participaram da pesquisa escolares de três escolas domeio rural de Santa Cruz do Sul, com idade de 7 a 17 anos, apresentandocaracterísticas de sobrepeso e obesidade. Os escolares alocados no grupoexperimental, receberam programa de intervenção, com 48 sessões realizadas 3vezes na semana por 30 minutos, totalizando quatro meses. Além de exercícios dealongamento e fortalecimento muscular, os escolares foram orientados sobrehábitos posturais. Como incremento, os participantes responderam a umquestionário auto-referido, contendo questões alusivas à dor nas costas e aoshábitos posturais durante atividades de vida diárias, relacionadas ao ambientedoméstico e escolar. Para este trabalho foram avaliadas as seguintes questões: “Vocêjá teve dores nas costas?”; “O papai já reclamou de dor nas costas?”; “A mamãetambém já reclamou?”. Para a análise estatística foram utilizados valores defrequência e percentual a fim de caracterizar a amostra, bem como frequênciaabsoluta e relativa das respostas verificadas pré e pós-intervenção em ambos osgrupos. Resultados e discussão: Cada grupo contou com 23 escolares. No grupoexperimental, 16 (69,6%) escolares eram crianças, e a maioria do sexo masculino(52,2%). A análise das questões referentes à dor nas costas demonstrou que osescolares do grupo intervenção apresentaram menor percentual de dor após asorientações de hábitos posturais, enquanto que o grupo controle demonstrou omesmo percentual. Os dados coletados, através da aplicação do questionário,indicaram que pais e mães dos escolares participantes do grupo intervençãodemonstraram maior percentual de dor nas costas, enquanto que no grupo controleos percentuais não sofreram grandes alterações. A proposta principal de nossoestudo foi desenvolver uma intervenção junto aos escolares, sendo assim, nãohouve nenhuma orientação direcionada aos pais, o que justifica os resultados encontradosnos pais de ambos os grupos em relação à referência de dor nas costas,apontando que as orientações quanto a hábitos posturais devem ser estendidastambém aos pais de escolares. Conclusão: O presente estudo concluiu que a dornas costas referida por escolares apresentou menor percentual após aintervenção de orientações interativas de hábitos posturais, entretanto, ospais e mães dos escolares participantes apresentaram maior percentual de dornas costas.                         Palavras-chave: Coluna vertebral, dor nascostas, criança.

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