Introdução:As doenças cardiovasculares representam uma das principais causas demorbimortalidade no mundo e os trabalhadores da área da saúde fazem parte dogrupo de exposição a este riscos. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), aantropometria serve como indicador de risco à saúde e por se tratar deparâmetro de baixo custo e fácil mensuração, e recomenda tanto para estudosepidemiológicos quanto para o planejamento de estratégias de prevenção na saúdepública. Objetivo: Analisar a correlação entre Relação Cintura-Quadril (RCQ),Circunferência de Cintura (CC) e Índice de Massa Corporal (IMC) e identificar orisco para doenças cardiovasculares através do RCQ e CC. Metodologia:Participaram desta amostra 74 trabalhadores de ambos os sexos, de um hospitalde ensino do interior do estado do RS, com faixa etária entre 19 - 59 anos, comidade média de (35,6 ± 10,1 anos). Trata-se de um estudo descritivotransversal, considerando as variáveis antropométricas: massa corporal,estatura, circunferência da cintura e circunferência do quadril. Para análisedo grau de associação entre as variáveis, foi utilizado o Coeficiente dePearson, com nível de significância de p ≤ 0,05. Resultados: Dos sujeitosavaliados, 27 (36,48%) são do sexo masculino e 47 (63,51%) são do sexofeminino. Percebeu-se a correlação maior entre o IMC e CC classificada comoforte (r = 0,883; p<0,001), em comparação a correlação de IMC e RCQclassificada como fraca (r = 0,117; p<0,001). Na avaliação do IMCobservou-se que a frequência de sobrepeso e obesidade foi de 41% e 11%respectivamente, para os homens e, 47% e 22% respectivamente para as mulheres.Com relação a distribuição central da gordura, os homens apresentaram 11% riscomoderado e 7% risco alto CC, enquanto que as mulheres, 30% estão na categoriarisco moderado e 23% risco alto CC. Entre os homens predominou o baixo risco(44%) quanto a RCQ, enquanto a metade das mulheres (49%) apresentou riscomoderado. Discussão: Os indicadores antropométricos utilizados nesta pesquisa,são preditores de obesidade, desta forma, os resultados do presente estudo,demonstram a forte associação entre o quadro de obesidade e a probabilidade dedesenvolvimento de distúrbios cardiovasculares na população estudada. Nesteestudo, as variáveis que apresentaram maior correlação (r = 0,883) foram IMC eCC, a qual potencializam seu poder diagnóstico se analisadas em conjunto. Aoconsiderar uma variável isoladamente, a CC (por ter melhor reprodutibilidade),tem sido sugerida como indicador para aferir a obesidade abdominal. Conclusão:O risco de doenças cardiovasculares nesse estudo, mais especificamente emtratalhadoras mulheres, torna-se aumentado, em pessoas que acumulam gorduraparticularmente na região abdominal (ao redor das vísceras). A partir dosresultados encontrados e, por se tratar de fatores de risco modificáveis,recomenda-se as terapias comportamentais (reeducação alimentar e atividadefísica). Já nos casos mais graves o acompanhamento médico e o uso demedicamentos não podem ser negligenciados. Desta maneira, fica clara aimportância da elaboração de projetos, que incentivem a adoção e a promoção dehábitos saudáveis, também no ambiente laboral, através de uma abordagemmultidisciplinar integrada.                         Palavras-chave: Saúde,Riscos Cardiovasculares, Obesidade, Trabalho