SÍFILIS CONGÊNITA: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA

Catieli de Oliveira, Bruna Rezende Martins, Caroline Bertelli, Priscila Haas, Ingre Paz, Mariele Luiza Petry, Natalia Betina Bublitz, Fabricio de Moura Tolvi

Resumo


Introdução: A transmissão da Sífilis de maneira vertical ainda é um dos grandes
problemas de saúde pública no país. Das doenças que têm possibilidade de
transmissão durante o ciclo gravídico, a Sífilis é a que possui as maiores taxas. A
Sífilis Congênita (SC) ocorre a partir da disseminação hematogênica do Treponema
pallidium da gestante para o feto. Por vezes, a mulher trata a patologia de forma
inadequada permitindo a contaminação em qualquer estágio da gestação por via
transplacentária ou, ainda, não trata. As principais consequências da SC para o feto
são prematuridade, baixo peso ao nascer, hepatomegalia, lesões cutâneas, lesões
ósseas e sofrimento respiratório. Objetivo: Promover análise e discussão acerca
das consequências da transmissão de Sífilis Congênita ao feto e ao lactente.
Metodologia: Estudo descritivo e com revisão de literatura realizado durante a
disciplina prática de Enfermagem no Processo Cuidar - Clínica Pediátrica sobre a
incidência de casos de sífilis congênitas em lactentes internados em uma unidades
de cuidados intermediários de um hospital-escola no vale do Rio Pardo. Principais
resultados: Durante a disciplina prática identificou-se dois casos de lactentes
internados por adquirirem sífilis de suas mães e um feto de 34 semanas que faleceu
intrautero. A literatura traz que a incidência da Sífilis está aumentando
consideravelmente, o que nos leva a hipótese de estarmos encarando um grave
problema de saúde pública, dados recentes do Ministério da Saúde, mostram que
número de infectados no Brasil aumentou 32,7 % entre 2014 e 2015. Enquanto que
em 2000 e 2001 as taxas de sífilis foram mais baixas, de 2,1 casos por 100 mil
pessoas. Mas o número subiu quase todos os anos desde então, estando agora em
7,5, casos por 100 mil pessoas. A Sífilis Congênita somente é transmitida ao
lactente quando a gestante não realiza adequadamente o tratamento estipulado e
isso inclui além do uso de medicamentos, a adesão do parceiro. Conclusões: Por
fim, denota-se a necessidade do enfermeiro e demais profissionais da equipe de
saúde conhecer a patologia para que estejam preparados para orientarem a
gestante quanto a necessidade de realizarem corretamente o tratamento, pois a
falha pode ocasionar além da morte fetal, consequências permanente no lactente.

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