INFECÇÕES CONGÊNITAS: FATORES DE RISCO PARA PERDA AUDITIVA

Maitê Souza Magdalena, Paola Scotta Ludtke, Ingre Paz

Resumo


Introdução: A perda auditiva pode ter origem genética ou adquirida. Nesteúltimo grupo, muitas causas podem ser evitadas como, por exemplo, asinfecções maternas durante a gestação. Estes tipos de infecções, conhecidascomo complexo TORSCH (toxoplasmasmose, rubéola, sífilis, citomegalovírus eherpes) são importantes causas de alterações congênitas no recém-nascido,incluindo a deficiência auditiva. Em relação à etiologia da perda auditiva, podeocorrer por causas pré-natais, como as TORSCH, bem como por causas perinataisou pós-natais. Objetivo: Levantar a relação entre a perda auditiva e aocorrência de infecções congênitas. Métodos: Trata-se de uma revisãointegrativa, de abordagem quantitativa e qualitativa, na qual foram investigadosartigos do Portal de Periódicos CAPES, utilizando-se os descritores “PerdaAuditiva” e “Recém-Nascido”. Foi feito um recorte temporal de 2010 a 2017,totalizando 42 artigos, dos quais três foram selecionados. Resultados: Osautores concordam com a utilização de infecções congênitas como indicadorde risco para perda auditiva em neonatos e lactentes. No que se refere àetiologia da surdez, um estudo apontou maior prevalência da origem pré-natal(64.7%), com as infecções congênitas presentes em 18.2% desses casos, queforam compostos por um caso de infecção congênita por citomegalovírus e umcaso de sífilis congênita. Outro estudo aponta, também entre as causas prénatais,4,2% de casos de sífilis e 1,1% de toxoplasmose. O baixo número decasos provavelmente se deve ao fato de que os pré-natais estão mais efetivos,em especial com o Teste rápido de triagem para sífilis e Toxoplasmose IgM eIgG preconizados pelo Ministério da Saúde, descritos no Caderno de AtençãoBásica número 32, que aborda a atenção ao pré-natal de baixo risco. Além dasurdez, também são descritas outras complicações. A síndrome da rubéolacongênita pode causar retardo do crescimento intrauterino, déficit visual elesões neurológicas. A herpes congênita pode causar encefalites, composterior comprometimento neurológico, como déficit intelectual e paralisiacerebral. Conclusões: As infecções congênitas podem ocasionar lesões noaparelho auditivo, levando à surdez. Portanto, é evidente a importância daprevenção primária destas doenças através da testagem durante oacompanhamento pré-natal das gestantes.

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