PARTICIPAÇÃO SOCIAL EM SAÚDE DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA: UM ESTUDO REFLEXIVO

Ariane dos Santos Hoppe, Maria Carolina Magedanz, Daiane Raquel Kist, Morgana Pappen, Francieli Ester Muller, Aline Fernanda Fischborn, Luciane Maria Schmidt Alves, Maristela Soares de Rezende, Leni Dias Weigelt, Suzane Beatriz Frantz Krug

Resumo


Introdução: A participação social nas ações de saúde é um direito de todos os integrantes da
sociedade civil e favorece o desenvolvimento de espaços de democracia participativa no país.
A participação das pessoas com deficiência no planejamento e monitoramento das políticas
públicas de saúde é importante, tendo em vista que a atuação desses sujeitos nas
reivindicações políticas e sociais gera avanços para toda a sociedade e promove maior
visibilidade na busca por direitos e também na defesa dos interesses de seus grupos. Objetivo:
Refletir sobre a participação social das pessoas com deficiência nas ações do Sistema Único de
Saúde. Métodos: Trata-se de estudo reflexivo, originado a partir de revisão bibliográfica
realizada na base de dado SCIELO com delimitação temporal entre 2004 a 2016, a partir das
palavras chaves: “participação social” e “pessoas com deficiência”, em artigos completos em
português, disponíveis na íntegra e condizentes ao objeto de estudo. A busca foi realizada em
setembro de 2017 por integrantes do Grupo de Estudos e Pesquisa em Saúde (GEPS) da
Universidade de Santa Cruz do Sul. Resultados: Encontrou-se 15 artigos, destes, três estavam
ajustados aos critérios estabelecidos neste estudo. Observa-se que, em torno de 1980, os
movimentos sociais voltados às pessoas com deficiência se fortaleceram com o apoio de
familiares e profissionais da reabilitação. Esta luta pelos direitos sociais foi fundamental na
ampliação da acessibilidade de assistência à saúde e igualdade de oportunidades para estas
pessoas. Desde então, o Estado vem atribuindo atenção a temática a partir da construção de
programas e políticas nacionais voltadas às pessoas com deficiência. Evidenciou-se que há
participação de representantes de associação de portadores de deficiência em Conselhos de
Saúde, demonstrando a preocupação dos mesmos em incentivar a participação social e em
manter a luta por mais direitos à saúde. Além disso, a criação de grupos de convivência para
familiares de pessoas com deficiência aparece como essencial para concretização de inclusão e
ampliação dos processos de emancipação e autonomia, levando à conscientização sobre os
direitos sociais e à legitimação das demandas desse segmento social. Conclusões: Apesar de
ainda haver poucos estudos relacionados a esta temática, percebe-se que a participação social
das pessoas com deficiência contribui para a construção das políticas públicas em saúde e luta
por igualdade e direitos sociais.

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