SAÚDE DO HOMEM E OS SERVIÇOS DE ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE: interconexões

Gésica Graziela Julião, Edna Linhares Garcia

Resumo


Introdução: O alto índice de morbimortalidade na população masculina e a escassez de
homens nos atendimentos da Atenção Primária à Saúde (APS) preocupa os órgãos públicos
responsáveis (JULIÃO; WEIGELT, 2011; ALVES et al., 2011). Pesquisas mostram que o modo
como as Unidades Básicas de Saúde (UBS) estão organizadas contribuem para a não
adesão dos homens a esses serviços (CARVALHO et al., 2013; SILVA et al., 2012, MENDES,
2011). Além disto, a cultura patriarcal relacionada à força e ao não adoecimento, somada a
falta de adesão ao auto cuidado, também favoreceram este afastamento entre os homens
e a APS (SILVA et al., 2013; CAVALCANTI et al., 2014). Objetivo: Analisar como se dá o
acesso de homens trabalhadores de uma empresa metalúrgica e professores da rede
municipal de ensino aos serviços de APS no município de Venâncio Aires – RS, e descrever
os principais agravos de saúde desta população. Método: Trata-se de um estudo
exploratório-descritivo com caráter transversal de associação e abordagem quantiqualitativa.
Resultados: Independente da situação socioeconômica, o cuidado à saúde é
igualmente proporcional. Mais de 50% dos homens dos dois grupos consultam de forma
particular ou utilizam o convênio. Quando questionados sobre o uso dos serviços de APS
da rede municipal, em sua maioria, relatam que quando utilizaram foi vacinação.
Considerações finais: A organização dos serviços da rede de atenção à saúde (RAS) e as
influências dos aspectos socioculturais e educacionai são fatores determinantes para
ausência dos homens na APS. Da mesma forma, observa-se que os profissionais da saúde
da APS relacionam o homem à doença e não realizam ações de prevenção e promoção
para esta população em suas unidades.

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