Buscamos, neste ensaio, abordar questões relativas às concepções de pesquisa, linguagem e experiência como elementos constitutivos da aprendizagem na escola, procurando compreender esta como local de encontro e acolhimento do outro. O objetivo é refletir acerca do espaço escolar como um lugar de encontros e de relações complexas com o mundo, considerando esse eterno movimento de aprendizagem que é o viver com o outro. Trata-se de uma pesquisa em desenvolvimento da qual apresentamos as primeiras impressões de estudos. Nesse sentido, a metodologia vem se constituindo com um enfoque bibliográfico, para o qual estamos apoiados no referencial teórico de Edgar Morin, Paulo Freire, Jorge Larrosa, Fernando Bárcena, Humberto Maturana, Rafael Echeverría, Joan-Carles Mèlich, Euclides Redin, entre outros. Nossas reflexões, parcialmente respingadas das observações empíricas, apontam a emergência de ruptura das concepções lineares que permeiam a escola e algumas práticas pedagógicas, sugerindo um olhar sensível e atento que priorize a apresentação e a convivência no mundo ao invés da sua representação. Assim, a escola pode se constituir como um local para o acolhimento e estabelecimento de vínculos entre as pessoas para a compreensão de si e do mundo como um gesto de abertura para o riso, a alegria e a invenção de saberes, voltando-se a uma maneira de conhecer que se constitui, pela imaginação e pela memória, no saber da experiência, no diálogo e na convivência.