Jogos e suas possibilidades autopoiéticas em educação

Letícia Staub Limberger, Luiz Elcides Cardoso da Silva, Nize Maria Campos Pellanda

Resumo


Ao conceber a teoria da Autopoiesis, Maturana e Varela entenderam o conhecimento como
inseparável do processo de viver (auto – por si e poiesis – criação). Compreendendo a
aprendizagem como uma busca de autonomia por parte dos sujeitos. Os jogos fazem parte dessa
busca por autonomia na vida de muitas crianças, adolescentes, adultos e idosos, e nossa intenção
com essa pesquisa foi entender como essa esfera da vida até então concebida como pertencente ao
lazer, vem de encontro à educação. Nossa metodologia reflete uma postura epistemológica
complexa, onde abordamos a realidade em seus fluxos e devires. Ao contrário de categorias fixas de
análise, foram usados marcadores teóricos provenientes do quadro teórico adotado pelos
pesquisadores, de maneira que estivemos atentos à: construção de autopoiesis, acoplamento
tecnológico e o processo de complexificação a partir do ruído. Nossos resultados ainda são
preliminares, visto que esse olhar foi sendo desenvolvido no decorrer da pesquisa para dar conta de
seus resultados. Dessa forma, entendemos que os jogos em sua infinita gama de possibilidades,
proporcionaram aos jogadores capacidades metacognitivas, onde através de um feedback constante
e a possibilidade de se manter inteirado de seu progresso, permitiram ao jogador refletir sobre o
caminho percorrido, para encontrar novas maneiras de superar desafios. Concluímos portanto, que
ao final temos um sujeito autor de sua jornada, complexificando-se a cada passo dado.

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