Gordofobia é o sentimento de repulsa ou acentuado desconforto para com pessoas consideradas
gordas, fora dos padrões estéticos. Este sentimento pode estar seguido de atos de violência física,
verbal, moral, psíquica, entre outros. Este trabalho procura, através de autores que abordam a
temática do corpo na contemporaneidade, promover uma reflexão sobre a gordofobia, através da
análise de revistas voltadas para a moda e a ‘boa’ forma. A construção e a negociação das diferentes
identidades têm passado pelo corpo e estão associadas ao consumo, impulsionando um mercado
milionário que cresce com a obsessão por este corpo. O sujeito que não se enquadra nos padrões
estéticos é constantemente “aconselhado” para que modifique e se enquadre em um modelo pautado
pela magreza, consumindo determinados produtos para alcançar esse objetivo. A sociedade nos
coloca códigos morais e estéticos, constituindo corpos tidos como adequados ou inadequados.
Ressalta-se que é isso construído a partir de variados artefatos culturais, os quais operam como
dispositivos pedagógicos, que normatizam, articulam interesses e definem o que é normal e o que é
desviante. Aponta-se que as revistas educam tanto pelo que apresentam, como pelo que omitem. Por
fim, cabe uma crítica ao mal-estar que esses discursos voltados a gordofobia causam nos sujeitos
que buscam, permanentemente, enquadrar-se em tais padrões.