Conhecer as percepções e sentimentos de travestis e transexuais diante da imposição do uso do nome de registro civil dentro da escola pode contribuir para melhor entendimento do fenômeno de evasão escolar desta população. Este é um estudo qualitativo realizado através de entrevistas com travestis, transexuais e profissionais da educação em escolas públicas no interior do Rio Grande do Sul. Apesar das leis que regulamentam o tratamento nominal, inclusão e uso do nome social de travestis e transexuais nos registros em escolas públicas no estado do Rio Grande do Sul, percebe-se que estas informações não chegaram até aos protagonistas do processo educacional, produzindo sofrimento psíquico e obstaculizando as metas de inclusão social e da aceitação da diversidade humana, numa direção oposta ao preconizado pela comissão nacional sobre determinantes sociais da saúde.