“INCLUSÃO E GOVERNAMENTALIDADE NO MUNDO ENCANTADO DE SHREK”

Fabrício Luis Haas

Resumo


O texto analisa um conjunto de animações formado por “Shrek” (2001), “Shrek 2”
(2004), “Shrek Terceiro” (2007). Sua relevância se dá por sua força como ferramenta
pedagógica, capaz de imbricar dispositivos que efetuam a governamentalidade, ou seja,
exercem poder sobre os indivíduos, conduzindo condutas. O objetivo dessa investigação
passa pelo seguinte ponto: entender de que modo essas animações produzem formas de
ver e compreender as diferenças. Além disso, pretende-se discutir como tais animações
podem se constituir como pedagogias na relação com a diferença, como estabelecem
uma política da inclusão das diferenças e quais estratégias de governamento da
diferença são postas em funcionamento. As análises orientam-se através de um
panorama teórico-metodológico inspirado em Foucault, a partir de conceitos
importantes como poder, população, biopolítica, biopoder e governamentalidade.
Analisar animações, entendidas como peças culturais envoltas em estratégias de poder e
de governamentalidade, amplia os estudos em educação, percebendo a diferença como
produzida socialmente e as animações como ferramentas de inclusão e normalização
dessa diferença. A escolha dessa animação se deve ao seu amplo sucesso e pela ruptura
com os contos clássicos de fadas: aqui o príncipe encantado não é o herói. O
protagonismo é do ogro Shrek, produzindo a inclusão de novos e estranhos personagens
que subvertem as noções de beleza, bondade e felicidade.

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