O cidadão negro: da ninguendade a conquista de direitos

Gabrielly da Fontoura Winter, Camila Francisca da Rosa, Betina Hillesheim

Resumo


Um dos grupos para os quais podemos dizer que efetivamente há uma política diferenciada são os negros. Mas vale ressaltar que mesmo depois da abolição da escravatura, de tantas leis em prol da integração social, econômica e política, estes ainda se mantenham condicionados a uma marcação estereotipada de sua presença enquanto cidadão. Através de uma analise histórica e sob o conceito foucaultiano de governamentalidade percebe-se que somente a partir do Projeto UNESCO dá-se início a uma sucessão de estudos que passam a desconstruir o mito da democracia racial que permeava o imaginário da sociedade brasileira, sendo que os resultados adquiridos desencadearam uma série de novas interpretações, principalmente no que tange às questões de cunho racial. Somente em 2010 foi instituído o Estatuto da Igualdade Racial, onde são apresentadas estatísticas alarmantes referentes ao racismo no país. Os dados apontam os negros como sendo mais pobres, menos escolarizados, com salários menores quando empregados, constituindo a grande maioria dos trabalhadores lançados na informalidade e no desemprego. Apesar das importantes conquistas de direitos, a prática plena da cidadania ainda está distante de muitos brasileiros, pois a conquista dos direitos políticos, sociais e civis não consegue ocultar o drama de milhões de pessoas em situação de racismo, entre tantos outros problemas,que muitas vezes passam desapercebidos, levando-nos a concluir que somos uma nação de racistas cordiais.

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