O presente trabalho visa investigar como se constrói a discursividade sobre Políticas de Assistência Social na mídia impressa, a partir das formas de saber e poder que constituem esses discursos, entendendo-se a mídia como um dispositivo pedagógico que produz formas de ver e viver. Veiga-Neto e Lopes (2011) alertam para o uso alargado das palavras inclusão e exclusão, uma vez que as políticas de inclusão foram aprofundadas e ampliadas, abarcando um número cada vez maior de pessoas que vivem sob condições precárias e até de miserabilidade. A Assistência Social no Brasil teve expressiva mudança a partir da Constituição Federal de 1988,constituindo, juntamente com a Saúde e a Previdência Social, a base da Seguridade Social guiada pela noção de estado e bem estar social. Em 2005 o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) que estabelece em suas diretrizes a descentralização político-administrativa é regulamentado, ratificando o caráter de política pública de garantia de direitos e contrapondo-se ao assistencialismo do primeiro-damismo. Para tanto, o corpus de análise da pesquisa se constituirá a partir da análise do jornal Zero Hora, por ter circulação diária e um amplo público. Visto que a pesquisa ainda está em andamento, não é possível se chegar a dados conclusivos, contudo Fischer (1996) assinala a importância da compreensão da ação dos meios de comunicação em massa na vida cotidiana, uma vez que esses são compreendidos como um dos aspectos básicos da cultura contemporânea.