Tanto a cultura quanto o regime democrático são determinantes para o planejamento de políticas destinadas a desenvolver as cidades. Nesse sentido, a fim de obter-se a legitimidade destas políticas, é necessário que o Estado, além de órgão mediador dos interesses dos sujeitos envolvidos, também compartilhe as suas decisões a respeito de suas prioridades. Para tanto, a partir da promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil, em 05 de outubro de 1988, condicionou-se a modernização, bem como a democratização da gestão pública por meio de novos espaços de debate participativos nas cidades. Assim, o presente ensaio objetiva, mediante pesquisa bibliográfica e dedutiva, compreender como o Estado pode atuar de maneira planejada, na intenção de serenar conflitos, abordando a intersecção entre perspectivas de desenvolvimento urbano e regional, bem como de democracia, para ao fim, considerar que esses condicionantes se encontram intrinsecamente interligados. Ou seja, desenvolvimento urbano vai além de concepções que envolvem somente indicadores econômicos, visto que necessita de uma atuação conjunta entre Estado e sociedade.