A Educação Especial no Ceará: um estudo da evolução dos indicadores entre 2005 e 2014
DOI:
https://doi.org/10.17058/cinergis.v17i1.7147Palavras-chave:
Educação especial, Necessidades educacionais especiais, Inclusão escolar, Ceará/Brasil.Resumo
O cenário da educação especial tem sofrido importantes modificações, principalmente na última década, sendo assim necessária a análise da evolução deste processo. Objetivo: analisar a evolução da educação especial e da inclusão de portadores de necessidades especiais entre 2005 e 2014 no Estado do Ceará/ Brasil. Método: estudo de caráter ecológico com uso de dados provenientes dos Censos Educacionais. A análise foi realizada no programa Stata 11.0 e empregou-se: Correlação de Spearman, Regressão de Poisson robusta. O nível de significância empregado foi de p<0,05 e Intervalo de Confiança de 95%. Resultados: analisou-se 25.591.084 matriculas da educação básica, sendo 268.266 da educação especial. As escolas exclusivamente especializadas representaram 16,04% das matrículas da educação especial e em média, foram 4.303,3 (DP= 2517,47) matrículas anuais. As classes especiais representaram 8,02% das matrículas com média anual de 2.151,8 (DP= 1.162,53). Já as classes comuns do ensino regular contemplaram 75,93% das matrículas e foram em média 20.367,5 (DP= 10.427,4) matrículas anuais. Observou-se redução nas matrículas da educação básica em 3% e aumento na educação especial em 9%. Para as escolas exclusivamente especializadas houve redução de 18% (20% em privadas e 11% em públicas). As classes especiais apresentaram redução de 15%, idêntico as instituições públicas. A educação privada não apresentou modificação significativa (p=0,129). As classes comuns apresentaram aumento de 19% (13% na rede pública e 11% na privada). Considerações finais: a educação no Estado do Ceará está passando por um processo de modificação no seu paradigma de atendimento corroborando com o que é preconizado internacionalmente. Todavia, ainda há uma demanda reprimida de atendimento.Downloads
Publicado
2016-07-01
Edição
Seção
ARTIGO DE REVISÃO