Perfil alimentar das gestantes atendidas na estratégia de saúde da familia do Menino Deus do munícipio de Santa Cruz De Santa Cruz do Sul

Autores

  • Júlia Beckenkamp
  • Marilei Sulzbach
  • Graziele Guimarães Granada

DOI:

https://doi.org/10.17058/cinergis.v8i2.550

Palavras-chave:

Freqüência Alimentar, Alimentação na Gestação, IMC gestacional

Resumo

A falta de conhecimento sobre uma alimentação saudável pelas gestantes, reflete diretamente nas suas escolhas dietéticas, que podem estar influenciadas por fatores como aumento do apetite, paladar acentuado, condições socioeconômicas e influências locais. O presente estudo investigou o consumo alimentar de gestantes em atendimento pré-natal na Equipe de Saúde da Família do Menino Deus, localizado no município de Santa Cruz do Sul, descrevendo os alimentos mais consumidos e apontando possíveis carências nutricionais durante o período gestacional. Foram avaliadas 12 mulheres no período gestacional que participam das reuniões do grupo, realizadas semanalmente às quintas-feiras, no período de 15 de agosto a 22 de setembro de 2005. As informações aqui analisadas foram obtidas através de um Questionário de Freqüência de Consumo Alimentar (QFCA) aplicado a todas as gestantes do grupo. Apenas 17% referiram consumo diário de carne, enquanto 24% das entrevistadas não fazem uso da mesma, o que pode significar um déficit na ingesta protéica, bem como de ferro orgânico. O leite encontrase com melhor aceitabilidade quando comparado com a carne, pois 33% o consomem diariamente e 17% não tem esse hábito. Outra deficiência encontrada está relacionada ao consumo de vegetais. Do total de gestantes, 25 % não consomem vegetais diariamente; 17% utilizam uma vez por semana, e 17% consome vegetais duas vezes na semana. Outra distorção importante observou-se na ingesta de doces, pois esses são apontados como de consumo diário por 66% das gestantes, podendo causar em excessivo ganho de peso gestacional. Foi avaliado também o Índice de Massa Corporal - IMC gestacional, sendo representado por 58% de gestantes eutróficas; 25% de gestantes estão com sobrepeso e 17% em obesidade. Com o presente estudo foi possível verificar que o déficit maior na alimentação das gestantes encontrasse no consumo de carnes e vegetais. Existe, porém, um excessivo aumento na ingestão de doces e em menor freqüência de frituras, mostrando que a orientação nutricional faz-se de extrema necessidade para este grupo.

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Publicado

2008-10-22

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL