NÍVEL DE ESTRESSE PERCEBIDO E INSTABILIDADE GENÔMICA ENTRE OS USUÁRIOS DE ACADEMIA
DOI:
https://doi.org/10.17058/rjp.v11i2.16346Palavras-chave:
DNA Damage, Fitness Centers, Exercise, Resistance TrainingResumo
O estresse e a prática de exercícios físicos, implicam em diversos desfechos à saúde dos indivíduos, dentre eles as alterações celulares. O ensaio de citoma de micronúcleo bucal (BMCyt) é um biomarcador amplamente utilizado para avaliar os impactos das características de estilo de vida como níveis de estresse sobre alterações nucleares. O objetivo deste estudo foi avaliar e relacionar o nível de estresse percebido com a ocorrência de dano no DNA e outras anormalidades nucleares/celulares em praticantes de academia. Estudo transversal descritivo, realizado com 116 praticantes de academia de Madrid, Espanha. Um questionário foi utilizado para avaliar o nível de estresse percebido e o BMCyt foi utilizado para avaliar a de dano no DNA e outras anormalidades nucleares/celulares. Dos 116 indivíduos avaliados, 54,3% relataram estar às vezes estressados. Não houve diferença significativa em relação ao nível de estresse relatado e os biomarcadores de dano no DNA (células com micronúcleos ou brotos nucleares), potencial proliferativo (frequência de células basais) e de morte celular (células com cromatina condensada, cariorréxicas, cariolíticas e picnóticas) (p>0,05). Contudo, os praticantes de academia que relataram estar quase sempre/excessivamente estressados apresentaram significativamente menor frequência de células binucleadas (biomarcador de defeitos citogenéticos) em relação aos indivíduos que relataram estar raramente estressados (p=0,008). Nossos resultados mostraram que a maioria dos praticantes de academia relataram estar às vezes estressados. Entretanto, verificou-se que os praticantes de academia que relataram estar quase sempre/excessivamente estressados apresentaram menor frequência de células binucleadas.