BIOPOLÍTICA, RACISMO ESTRUTURAL E VIOLÊNCIA RACIAL NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.17058/rjp.v12i1.17424Resumo
Nos últimos anos, as pesquisas sobre relações raciais, raça e racismo no Brasil têm apontado para a violência como um dos aspectos fundamentais, que são explicados, entre outros, pelo chamado racismo estrutural. Em que pese o conceito não ser novo, vem ganhando proeminência nos estudos sobre o racismo no Brasil. Considerando o eixo analítico do racismo estrutural, o trabalho visa problematizar a violência racial no Brasil, seguindo a perspectiva foucaultiana da biopolítica. Dentre as manifestações da violência racial, destaca-se a cometida por parte da polícia, sobretudo a taxa de letalidade da população negra. No viés da biopolítica, é possível analisar as formas de governo da população, apresentando o modo de como a vida entra no cálculo político para governar e gestar as políticas que dizem respeito àqueles que têm a vida qualificada e àqueles cuja vida é marcada pela precariedade. Dessa forma, a biopolítica é uma forma de análise implicada simultaneamente na produção da vida e da morte. Logo, para determinados grupos humanos precarizados, a sociedade não produz enlutamento, o que torna esses grupos vulneráveis à necropolítica. A análise da governamentalidade presente nas táticas de governo utilizadas para gerir uma população ajuda a investigar mais afundo a violência racial no Brasil, refletindo sobre os dados de violência que atingem a população negra.
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