ESTUDO ANATOMOPATOLÓGICO NEOPLASIAS MAMÁRIAS EM CADELAS E GATAS ATENDIDAS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL – RS, BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.17058/rjp.v12i2.17448Resumo
Tumores mamários são frequentes em cadelas e gatas. Este estudo teve por objetivo avaliar a frequência dos tumores mamários caninos e felinos, o tamanho, o tipo histopatológico e a relação entre a ocorrência de neoplasias mamárias com a situação fértil do animal. Os dados deste estudo são de pacientes atendidos no HV-UNISC-RS durante o período de dezembro de 2020 a agosto de 2021. Foram analisados os tumores de 21 fêmeas, 19 cadelas e 2 gatas, com idade média em torno de 9 anos, variando entre 2 a 13 anos. Destas, 90,40% não eram castradas. A análise histopatológica das cadeias mamárias resultou no diagnóstico de 49 tumores, dos quais 48 foram diagnosticados como neoplásicos e 1 apresentou alterações não neoplásicas. Quanto ao comportamento biológico das neoplasias, 81,25% eram malignos e 18,75% benignos. O tamanho variou entre 0,7 a 10 centímetros de diâmetro. Em gatas, teve maior prevalência o carcinoma tubular (60,00%), sendo relatados ainda carcinoma in situ (20,00%) e tumor filoides (20,00%). Em cadelas, foi o carcinoma em tumor misto (34,88%), seguido pelo carcinoma tubular (18,60%), carcinoma micropapilar (13,95%), adenomioepitelioma maligno (6,66%), adenomioepitelioma benigno (4,65%), tumor misto benigno e adenoma tubular (4,65%), carcinoma in situ, carcinoma sólido, carcinoma túbulo-papilar, adenoma ductal e fibroma (2,32%). A incidência de tumor mamário é maior em cadelas por conta da exposição prolongada ao estrógeno. A maioria das fêmeas com neoplasias não eram castradas ou haviam feito uso de hormônios exógenos, salientando assim, a importância da castração de fêmeas caninas e felinas e a contraindicação do uso de progestágenos.