FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES, ESTILO DE VIDA E CONDIÇÕES SOCIODEMOGRÁFICAS EM TRABALHADORES RURAIS: UMA COMPARAÇÃO ENTRE OS NÍVEIS DE ESTADO NUTRICIONAL

Autores

  • Maiara Helena Rusch Universidade de Santa Cruz do Sul
  • Patrik Nepomuceno Universidade de Santa Cruz do Sul
  • Elias Augusto Schaefer Universidade de Santa Cruz do Sul
  • Daniela Cardoso Batista Universidade de Santa Cruz do Sul
  • Miriam Beatrís Reckziegel Universidade de Santa Cruz do Sul
  • Hildegard Hedwig Pohl Universidade de Santa Cruz do Sul

Palavras-chave:

Fatores Sociodemográficos, Fatores de Risco de Doenças Cardíacas, Estilo de Vida, Índice de Massa Corporal, Agricultores

Resumo

O objetivo foi comparar o estilo de vida, fatores de risco para doenças cardiovasculares (DCV) e condições sociodemográficas a partir da classificação do índice de massa corporal (IMC) trabalhadores rurais. Estudo transversal, analítico e descritivo. Os dados sociodemográficos e estilo de vida foram obtidos mediante questionário. Para a classificação do estado nutricional foi considerado o índice de massa corporal dos trabalhadores; como fatores de risco para DCV foram consideradas os níveis de pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), glicemia, colesterol total e triglicerídeos, coletados e classificados segundo diretrizes. Para análise, os trabalhadores foram alocados em 3 grupos conforme o índice de massa corporal (IMC): normal, sobrepeso e obesidade. A amostra contou com 106 trabalhadores rurais, dos quais 27% possuíam peso normal, 46% sobrepeso e 27% obesidade. Foi observada diferença entre os grupos quanto ao sexo (p=0,011), ingesta de medicamentos (p=0,001) e níveis de PAS (p=0,004) e PAD (p=0,014). As demais variáveis analisadas não foram significativas (p>0,05). Em conclusão, condições sociodemográficas, estilo de vida e fatores de risco para DCV são influenciados pelos níveis do IMC nos trabalhadores, sendo observado mais mulheres com excesso de peso, maior ingesta de medicamentos e presença de hipertensão nos grupos com sobrepeso e obesidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ABEP. Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. Critério de Classificação Econômica do Brasil. 2020. Disponível em: <https://www.abep.org/criterio-brasil>. Acesso em 18 abr 2023.

ARRUDA, N. M.; MAIA, A. G., ALVES, L. C. Desigualdade no acesso à saúde entre as áreas urbanas e rurais do Brasil: uma decomposição de fatores entre 1998 a 2008. Cadernos de Saúde Pública, v. 34, n. 6, e00213816, 2018.

BICALHO, P. G. et al. Adult physical activity levels and associated factors in rural communities of Minas Gerais State, Brazil. Revista de Saúde Pública, v. 44, n. 5, 2010.

CATTAFESTA, M. et al. Prevalência e determinantes da obesidade e da obesidade abdominal em trabalhadores rurais do Sudeste do Brasil. PLoS One, v. 17, n. 7, e0270233, 2022.

COOPER, A. J. et al. Sex/Gender Differences in Obesity Prevalence, Comorbidities, and Treatment. Current obesity reports, v. 10, n. 4, p. 458–466. 2021.

FERREIRA, A. P. S.; SZWARCWALD, C. L.; DAMACENA, G. N. Prevalência de obesidade e fatores associados na população brasileira: um estudo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 22, E190024, 2019.

JIANG, S. Z., et al. Obesity and hypertension. Experimental and therapeutic medicine, v. 12, n. 4, p. 2395–2399, 2016.

KANTER, R.; CABALLERO, B. Global gender disparities in obesity: a review. Advances in nutrition, v. 3, n. 4, p. 491–498, 2012.

LEGGIO, M. et al. The relationship between obesity and hypertension: an updated comprehensive overview on vicious twins. Hypertension Research, v. 40, p. 947–963, 2017.

LIMA, A. R. A. et al. Necessidades de saúde da população rural: como os profissionais de saúde podem contribuir?. Saúde em Debate, v. 43, n. 122, p. 755-764, 2019.

LINDERMAN, G. C. et al. Association of Body Mass Index With Blood Pressure Among 1.7 Million Chinese Adults. JAMA Network Open, v. 1, n. 4, e181271, 2018.

MALACHIAS, M. V. B. et al. VII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 107, n. 3, supl. 3, p. 1-82, 2016.

MARTINS, R. C.; DA SILVA, I. C. M.; HALLAL, P. C. Physical activity in the rural population of Pelotas, Brazil: Prevalence and associated factors. Revista de Saúde Pública, v. 52, 2018.

MOREIRA, J. P. DE L. et al. A saúde dos trabalhadores da atividade rural no Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v. 31, n. 8, 2015.

NEPOMUCENO, P. et al. Risco cardiovascular, estilo de vida e composição corporal de trabalhadores rurais do Vale do Rio Pardo, RS. Revista Brasileira de Medicina do Trabalho, v. 18, n. 1, p. 91-96, 2020.

PEGORARI, M. S. et al. Prática de atividade física no lazer entre idosos de área rural: Condições de saúde e qualidade de vida. Revista da Educação Física, v. 26, n. 2, p. 233–241, 2015.

POHL, H. H. et al. Indicadores antropométricos e fatores de risco cardiovascular em trabalhadores rurais. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 24, n. 1, p. 64-68, 2018.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Obesidade: Prevenindo e controlando a epidemia global. São Paulo: Roca; 2004.

RIMES-DIAS, K. A.; CANELLA, D. S. Medication use and obesity in Brazil: results from the National Health Survey. Scientific Reports, v. 10, n. 1, 18856, 2020.

SBD. SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018. São Paulo: Editora Clannad, 2017.

Downloads

Publicado

2023-07-11

Como Citar

Rusch, M. H., Nepomuceno, P. ., Schaefer, E. A., Batista, D. C., Reckziegel , M. B., & Pohl, H. H. (2023). FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES, ESTILO DE VIDA E CONDIÇÕES SOCIODEMOGRÁFICAS EM TRABALHADORES RURAIS: UMA COMPARAÇÃO ENTRE OS NÍVEIS DE ESTADO NUTRICIONAL. Revista Jovens Pesquisadores, 13(1), 15-23. Recuperado de https://online.unisc.br/seer/index.php/jovenspesquisadores/article/view/18478

Edição

Seção

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE