CANTO ORFEÔNICO, DEMOCRACIA RACIAL E BIOPOLÍTICA NA ERA VARGAS (1930-1945)

Autores

  • Roberta Specht Universidade de Santa Cruz do Sul
  • Mozart Linhares da Silva Universidade de Santa Cruz do Sul

DOI:

https://doi.org/10.17058/rjp.v4i2.4523

Palavras-chave:

Canto Orfeônico, biopolítica, educação.

Resumo

O artigo analisa a disciplina de canto orfeônico no período conhecido como era Vargas, problematizando-a como uma biopolítica de regulação da população uma vez que assumiu função estratégica na difusão do discurso positivo sobre a miscigenação no Brasil. Os recursos e fontes utilizados na pesquisa são os manuais de canto orfeônico produzidos pelo compositor Heitor Villa-Lobos, que, diga-se de passagem, foi o maior incentivador da prática nas escolas brasileiras e um importante intelectual das artes comprometido com o problema da identidade nacional. A análise compreende o período 1931, ano em que se institui o decreto lei nº 19.890 que dispõe sobre a organização do ensino secundário e inclui o canto orfeônico na grade curricular, até o final da ditadura do Estado Novo em 1945, quando Villa-Lobos abandona sua carreira no campo da educação. Os resultados da pesquisa permitem-nos relacionar diretamente a prática do canto orfeônico com a composição e difusão da narrativa identitária nacional de 1930 que consolidou o chamado mito da democracia racial no país.

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Biografia do Autor

Roberta Specht, Universidade de Santa Cruz do Sul

Graduada em História - Licenciatura Plena pela UNISC

Mozart Linhares da Silva, Universidade de Santa Cruz do Sul

Doutor em História pela PUCRS, professor do Programa de Pós-graduação em Educação e do Departamento de História e geografia da UNISC.

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Publicado

2014-09-03

Como Citar

Specht, R., & Silva, M. L. da. (2014). CANTO ORFEÔNICO, DEMOCRACIA RACIAL E BIOPOLÍTICA NA ERA VARGAS (1930-1945). Revista Jovens Pesquisadores, 4(2). https://doi.org/10.17058/rjp.v4i2.4523

Edição

Seção

CIÊNCIAS HUMANAS