EMERGÊNCIA DE SEMENTES DE FEIJOEIRO EM SOLOS COM DIFERENTES PERÍODOS DE ESTRESSE HÍDRICO
Palavras-chave:
ciencias agrícolas/engenharia agrícolaResumo
Objetivou-se com este trabalho determinar a emergência de sementes de feijão carioca em condições de estresse hídrico. O experimento foi realizado no setor de viveiro da Universidade Federal do Mato Grosso, Sinop – MT. O delineamento empregado foi de blocos casualizados com quatro repetições e 8 tratamentos. Os tratamentos consistiram no tempo entre a semeadura e o início da rega: 0 (rega logo após semeio); 2; 4; 6; 8; 10; 12 e 14 dias após o semeio (DAS). Avaliou-se a taxa de germinação; número de sementes emergidas; altura de caule; diâmetro de caule; número de folhas; área foliar; raiz seca e parte aérea seca. Foi observada uma redução das sementes emergidas no decorrer dos tratamentos em decorrência do maior período de déficit hídrico. Nas avaliações referentes à altura do caule, observou-se maior desenvolvimento nas plantas dos tratamentos iniciais e não se observou efeito para o diâmetro de caule. Houve redução gradativa no decorrer dos tratamentos no número de folhas e, além disso, com relação à área foliar, verificou-se diminuição de forma linear em relação ao aumento de dias sem o recebimento da lâmina d’água. Para a avaliação de raízes secas houve uma pequena redução na média dos tratamentos que sofreram maior estresse hídrico em relação à testemunha. Para a parte aérea seca os tratamentos que sofreram maior período de estresse hídrico apresentaram redução de crescimento em relação aos tratamentos iniciais. Dessa forma, o estresse hídrico logo após a semeadura do feijoeiro, em solo seco, interfere no crescimento vegetativo das futuras plantas.
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Referências
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