DOR: LIMITES E POSSIBILIDADES PARA O ALÍVIO DO DESCONFORTO

ANALIDIA RODOLPHO PETRY, WILLIAM VINICIUS KLEINPAUL, DEBORA BIANCA PADILHA

Resumo


A dor é um sinal que o corpo humano emite quando é invadido ou agredido por algum agente ou estressor. Trata-se de um sistema de alarme que é acionado para a proteção da integridade anátomo-tissular do organismo, servindo, assim, como mecanismo de alarme para que possa haver a sua proteção. É um fenômeno universalmente conhecido, de caráter subjetivo, de percepção particular e diferente para cada indivíduo.É uma combinação de sensibilidades desconfortáveis aliada à experiência emocional. A percepção desta sintomatologia é prejudicada ou influenciada por vários fatores complexos que comprometem os campos afetivos, psicológicos, biológicos, sociais e culturais do ser humano. A cultura exerce grande influência em todos os aspectos da vida das pessoas, incluindo suas crenças, comportamentos, percepções, emoções, e religião, dentre outros, que exercem um poderoso efeito na tolerância ou não à dor. Isto pode ser constatado em situações nas quais estímulos, que produzem dor insuportável em uma pessoa, podem ser perfeitamente toleráveis por outra. A dor é uma queixa frequente que leva os pacientes à procura de atendimento médico, porém, muitas vezes não é bem-abordada pela equipe de saúde, realizando, assim, um tratamento ineficaz para o problema, com o resultado de um retorno em busca do tratamento, fator que justifica este trabalho. Atualmente, a dor é referida como o quinto sinal vital. Ao limitar as atividades ou interferir no cotidiano, é fator que motiva a procura por atendimento. Quando esta dor não interfere no cotidiano, uma alternativa encontrada pelos indivíduos acaba por ser, de modo indevido, a automedicação. Como problema desta pesquisa-monografia intitulada Dor: limites e possibilidades para o alívio do desconforto e aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UNISCsob protocolo número 258.065 propõe-se investigar o que as queixas de dor dos indivíduos internados nas unidades clínicas e cirúrgicas de um hospital de médio porte do interior do estado representam para os profissionais de enfermagem de nível técnico ou superior .Os objetivos traçados foram: investigar o que os profissionais de enfermagem das unidades clínicas e cirúrgicas fazem diante de um paciente com dor; pesquisar como os profissionais de enfermagem entendem as queixas de dor dos pacientes; averiguar quais são os sentimentos da equipe de enfermagem frente à dor do paciente. O caminho metodológico de opção foi por uma pesquisa de caráter descritivo e exploratório de cunho qualitativo. A coleta dos dados foi realizada através de uma entrevista semiestruturada elaborada pelo pesquisador. O estudo foi realizado em um hospital de médio porte no interior do estado do Rio Grande do Sul. Foram entrevistados vinte e cinco profissionais de enfermagem de nível técnico e superior. Após analisados os resultados, constatou-se que os sujeitos entrevistados têm dificuldades para interpretar a dor dos pacientes, mas consideram importante implementar condutas para o alívio do desconforto apresentado pelos mesmos. Observou-se que a equipe de enfermagem encontra, ainda, diversas dificuldades no tratamento desta sintomatologia. Conclui-se que estudos sobre a dor deveriam estar presentes nas instituições de ensino para melhorar a assistência, proporcionar maior qualidade no atendimento e conforto do paciente, além de propiciar um tratamento mais humanizado já que, no ambiente hospitalar, são os profissionais de enfermagem que passam a maior parte do tempo com o paciente.


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