OS BENEFÍCIOS DA PLATAFORMA VIBRATÓRIA EM PACIENTES PORTADORES DA DOENÇA DE PARKINSON- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Renata dos Santos Rodrigues, Nathanny Corrêa Menezes, Luciana Cezimbra Weis

Resumo


Um dos equipamentos que está sendo empregado junto à fisioterapia é a plataforma vibratória, demonstrando ser um dispositivo que auxilia no tratamento da doença de Parkinson. Esta plataforma transmite vibrações para o corpo do paciente, ajudando a minimizar os sintomas como a falta de equilíbrio e melhora da marcha. A vibração é um movimento alterado de um corpo em relação ao seu centro de equilíbrio, assim, as plataformas feitas para fins terapêuticos e para condicionamento físico produzem vibrações constantes em forma sinusoidal. A doença de Parkinson é uma patologia neurológica, que acarreta na diminuição do neurotransmissor dopamina, resultando na degeneração dos neurônios dopaminérgicos na substância negra que são responsáveis pela correção e regulação do movimento. O Parkinson não apresenta distinção de raças, nível socioeconômico e pode se desenvolver em ambos os gêneros, porém com maior frequência nos homens. Este trabalho se propõe a revisar os benefícios da plataforma vibratória em pacientes portadores da doença de Parkinson. Para isso, a revisão bibliográfica foi realizada no transcurso da disciplina de eletro termo fototerapia I, onde foram utilizadas as bases de dados: Scielo, Bireme, Periódicos de CAPES, estabelecendo a busca de artigos entre os anos de 2007 a 2016. Como critérios de busca, foram utilizados diretamente: plataforma vibratória em patologias neurológicas, aplicações da plataforma vibratória como tratamentos e, também, evidências de estudos sobre a doença de Parkinson. Foram encontrados 3 estudos que comparavam o equilíbrio de portadores da doença no uso da plataforma vibratória e a participação foi variada por homens e mulheres, com idades entre 64 a 78 anos, num período de 3 a 4 semanas, variando de 2 a 10 sessões por um tempo de 10 a 20 minutos e com diferentes parâmetros. Em um dos estudos foi utilizado vibrações em baixa frequência (menos de 100 Hz), em posição ortostática sobre a plataforma; já no outro, utilizou-se frequência de 30Hz e amplitude de 1 a 2 mm, também em posição ortostática; e, por último, 35Hz, amplitude 2 mm, associado com exercícios e repouso. Os resultados obtidos nos estudos foram positivos, pois o uso da plataforma vibratória em baixa frequência reduziu os sintomas da doença de Parkinson e proporcionaram aos indivíduos melhora na qualidade de vida. Dessa forma, conclui-se que a vibração realizada pela plataforma desestabiliza o centro de gravidade do paciente, fazendo com que ele tenha que se equilibrar novamente, então, os receptores sensoriais são ativados, induzindo a resposta muscular reflexa para neutralizar as vibrações. É fundamental a realização de mais estudos para evidenciar se a plataforma vibratória pode ser usada para treinamento de força e para melhorar a funcionalidade não só do paciente com doença de Parkinson, mas também dos idosos que ainda não desenvolveram a doença, como forma de prevenção.

Palavras-chave: plataforma vibratória; doença de Parkinson; prevenção.

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