TERAPIA DE CASAL E RELAÇÕES EXTRACONJUGAIS

Luiza Zillmer Pasqualini, Dulce Grasel Zacharias

Resumo


Neste trabalho, realiza-se uma análise teórica de um caso clínico em atendimento no Serviço Integrado de Saúde- SIS. Será elucidada aqui a análise referente a um casal que buscou atendimento espontaneamente por estarem passando por uma fase difícil no casamento. A fim de garantir o sigilo e preservar a identidade do casal, usarei aqui as siglas J, para identificar o marido, e D para identificar a mulher. J tem 43anos e D tem 41 anos, estão casados há 21 anos, tem duas filhas, L de 21 anos e I de 2 anos. A queixa inicial deste casal foi de um ‘desaprendizado’ da vida a dois, falta de intimidade e uma necessidade de se conhecerem mais. Nos primeiros atendimentos o casal apontou traições de ambos, o que chama a atenção é que cada um tem lidado de maneira diferente com esse acontecimento. Será apresentado um breve relato da história deste casal, de como se conheceram, até o momento atual. As temáticas desenvolvidas neste estudo foram Infidelidade, Relações extraconjugais, tema que permeia os relatos deste casal durante as sessões e Terapia Sistêmica de Casal. O modelo sistêmico considera o casal como um sistema no interior da família. Os conflitos aparecem quando as regras implícitas não estão em concordância. Segundo Goldenberg (2006) apud Freitas e Moura (2011), existem três tipos de infidelidade conjugal: traição como desejo de novidade para combater o tédio do casamento, traição como autoafirmação masculina/feminina e síndrome de Madame Bovary – a insatisfação afetiva leva a busca de um amor romântico que não existe. Uma traição é vista como algo imoral perante a sociedade, uma vez que foi jurado perante Deus “amar-te e respeitar-te”. Os motivos que levam a este ato “imoral” são os mais variados, e este pode ser alimentado dentro do próprio relacionamento conjugal (COSTA, 2006 apud Zacharias, Paludo, Guedes, Winter e da Costa 2011). As terapias de casal objetivam melhor capacidade de o casal enviar e receber mensagens, tendem a prestar a atenção as discrepâncias nas comunicações verbais e não verbais (FLORES, 2005). A escuta é de extrema importância para poder perceber o que o casal julga significativo um no outro, criando hipóteses tanto sobre situações atuais quanto passadas. Outro método bastante utilizado e também muito importante é a construção do genograma, que seria o desenho da família, a partir dele é possível perceber como era o funcionamento das respectivas famílias de origem e poder perceber se existem repetições na atual família.

Palavras-chave: Genograma; Terapia Sistêmica de Casal; Infidelidade.


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