MOTIVAÇÃO PARA ADESÃO E PERMANÊNCIA EM ACADEMIA DE GINÁSTICA: UM OLHAR SOBRE A TERCEIRA IDADE.

Henrique Morais Goettert, Caio Luiz Nunes, Jean Carlos da Silva, Israel Samuel Becker, Oli Jurandir Limberger

Resumo


Os benefícios proporcionados pela prática de exercícios físicos resistidos para a melhoria da saúde geral das pessoas são destacados diuturnamente pela imprensa e a cada dia eles são mais evidentes, apesar de uma pequena parcela dos brasileiros realizarem essas práticas sistematicamente. No período de verão, é grande a adesão para iniciar nas academias, mas muitos se desmotivam e não permanecem por muito tempo. Alguns usuários de academias procuram fazer os exercícios regularmente quando inseridos em programas ou projetos que não necessitam pagar uma elevada taxa de adesão para poder receber todos os benefícios oferecidos. Uma prática regular normalmente fica comprometida por outros fatores considerados mais relevantes, como: o trabalho, a consulta médica e/ou compra de eletrodomésticos para casa. Assim, as pessoas dificilmente irão pras academias depois de um longo dia de trabalho. Uma solução seria levantar pelas manhãs e ir malhar antes de ir para o trabalho. Nesse contexto, o melhor seria arranjar companhias e enquanto malha, confraternizar com o grupo em tempo real. Essa é a melhor maneira de tornar seus treinos mais divertidos e também mais eficientes. O objetivo dessa pesquisa buscou identificar o grau de motivação para adesão e permanência em academia de ginástica na terceira idade. A pesquisa foi realizada com 08 integrantes do sexo feminino, com idades entre 55 e 71 anos, sendo a média de 62,1 anos. Para a coleta de dados, foi utilizado um questionário padronizado por Meneguzzi e Voser (2011), com seis fatores de motivação. Para cada um dos fatores listados, foi atribuído um grau de importância com valores de um a cinco, sendo nada importante (NI), pouco importante (PI), importante (I), muito importante (MI) e extremamente importante (EI), esse último com grau cinco. Os dados foram tratados através de inferência percentual. Quanto aos graus de importância dos fatores motivacionais o condicionamento físico / melhora da performance ficou com 100% dividido igualmente entre MI e EI, enquanto o de reabilitação ficou com 50,0% considerado de EI. O item saúde / reabilitação física, prevenção de doenças e qualidade de vida foi considerado como EI com 75,0%. O fator motivacional redução da ansiedade, stresse (questões psicológicas) teve o grau de MI, com 62,5%. Com 50,0% dois fatores motivacionais, sendo a estética mencionada como I enquanto a reabilitação como EI. Pode-se perceber que nessa faixa de idade pesquisada, acima dos 60 anos, questões como estética e integração social (estar com meus amigos/fazer novas amizades) não tiveram grau de importância considerada, embora elas viessem nos mesmos dias, segundas, quartas e sextas. Conclui-se então que os três principais fatores motivacionais considerados com maior grau de importância foram: saúde / reabilitação física, prevenção de doenças e qualidade de vida; redução de ansiedade, stresse (questões psicológicas) e o condicionamento físico / melhora da performance.

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