CONSUMO ALIMENTAR DE FEIJÃO DE CRIANÇAS DE 5 A 9 ANOS DE IDADE NAS REGIÕES SUL E NORDESTE NO ANO DE 2015

Julia Esther Keller, Stephanie Caroline Kich, Luciano Lepper

Resumo


O feijão está entre os alimentos mais antigos. Existem aproximadamente 40 tipos de feijão. O feijão preto possui uma área de 21% de produção, sendo o maior consumo no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, sul e leste do Paraná, Rio de Janeiro, sudeste de Minas Gerais e sul do Espírito Santo. No restante do país este tipo de alimento tem pouco ou quase nenhum valor em relação a sua comercialização e muito menos em relação a sua aceitação. Os tipos de grãos cariocas são aceitos em praticamente todo o Brasil. Por isso, 52% da área cultivada é semeada com este tipo grão. O feijão caupi ou feijão de corda é o mais aceito na Região Norte e Nordeste, com 9,5% da área cultivada.O grão é típico da culinária do país. O feijão constitui a base alimentar da maioria dos brasileiros, sendo fonte de proteína de baixo valor biológico, porém apresenta elevado teor de lisina, carboidratos complexos, além da presença de vitaminas do complexo B e ferro. O consumo do feijão é de suma importância no crescimento das crianças; segundo vários autores para cada 100 g deste alimento, há 20 gramas de proteína, 60 gramas de carboidratos; sem contar os açúcares, amido, fibras e resíduos minerais. Além da vitamina B, que é fundamental no crescimento das crianças. O presente estudo teve como objetivo comparar o consumo alimentar de feijão por crianças entre 5 a 9 anos de idade nas regiões Sul e Nordeste no ano de 2015. Os dados secundários foram coletados no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN-WEB) referente ao consumo de feijão por crianças entre 5 e 9 anos de idade; nas regiões Sul e Nordeste no ano de 2015. No ano de 2015, a região Nordeste apresentou um percentual de 88 % (8.375 crianças avaliadas), sendo superior ao percentual de 86 % (31.062 crianças avaliadas) correspondente a toda região brasileira. Já na região SUL o percentual de 83% (2.606 crianças avaliadas) mostrou-se abaixo do nível brasileiro e da região nordeste do país. Uma parte da energia que as crianças precisam para enfrentar a rotina o dia a dia, podem ser adquiridas através do consumo do feijão. De acordo com os percentuais encontrados nos bancos de dados do SISVAN, podemos observar que a região nordeste possui um consumo de feijão superior a região sul, podendo este fato ser levado em conta devido aos seus diferentes hábitos culturais e descendências alimentares. Além de uma transição nutricional muito elevada que ocorre em todo o país; alimentos tradicionais como o feijão sofrem cada vez mais quedas em relação ao consumo, dando lugar para um consumo mais elevado de alimentos industrializados. Possivelmente, podendo ser associado ao grau de instrução dos indivíduos, acesso e disponibilidades a este alimento. Nos dados encontrados, podemos reafirmar a importância de políticas de alimentação e nutrição, que estimulem o consumo de alimentos saudáveis, como frutas, verduras e grãos integrais, mantendo o consumo de alimentos básicos e tradicionais, como o arroz e o feijão. E, ainda, incentivando a redução do consumo de alimentos processados ricos em sódio, gordura saturada e açúcar.

Palavras-chave: Feijão, Comparar, Consumo, Sul, Nordeste.


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