PREVALÊNCIA DE ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO EM CRIANÇAS MENORES DE 6 MESES NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Caroline Taiane Thume, Jordana Vilanova Arozi, Gisele Pereira Azambuja, Luciano Lepper

Resumo


INTRODUÇÃO: O aleitamento materno (AM) é a estratégia que mais previne mortes infantis, além de promover as saúdes física, mental e psíquica da criança e da mulher que amamenta. Recomenda-se que a mãe amamente por dois anos ou mais, sendo exclusivo nos primeiros seis meses de vida. (PONTES et al., 2013). Segundo Schincaglia et al. (2015) a introdução de alimentos antes dos seis meses de vida ocasiona prejuízos à saúde do bebê: nutrição inadequada, infecções, maior risco para as alergias em função da imaturidade fisiológica, entre outros. Uma das metas de nutrição adotadas pela 67ª Assembléia Mundial da Saúde (2012) é o aumento de 50% ou mais da taxa de AM exclusiva nos primeiros seis meses de vida até 2025. OBJETIVO: Verificar a prevalência de Aleitamento Materno Exclusivo em crianças menores de 6 meses no estado do Rio Grande do Sul. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal, quantitativo e retrospectivo com dados secundários coletados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN-Web). Utilizou-se como marcadores o consumo alimentar de crianças menores de 6 meses (aleitamento materno exclusivo) habitantes do estado do Rio Grande do Sul, de ambos os sexos, no período de janeiro a dezembro de 2015. RESULTADO: Das 3499 crianças avaliadas, 58% são alimentadas exclusivamente através do aleitamento materno, dado muito próximo do total da Região Sul e do Brasil (ambos 56%). Essa prevalência ainda não atingiu a meta que seria de 61,5%, mas encontra-se superior a 41%, que era o dado apresentado em 2008 no Brasil (OMS, 2014). Apesar do aumento, essa prevalência poderia estar mais alta devido ao fato do governo federal manter uma política nacional de promoção, proteção e apoio ao AM em que oferece à mãe todos os auxílios e direitos para ela manter o AM Exclusivo e prevenir/evitar o desmame precoce. Porém, há questões culturais e sociais que impedem que isso ocorra como o planejado, como a licença maternidade ser, atualmente, somente de 4 meses e, após este período, no caso das mulheres que têm alguma atividade ocupacional, ter apenas dois intervalos de meia hora para amamentar, que fica dificultado caso precise se deslocar para um lugar longe; também tabus de “leite fraco ou insuficiente” onde a introdução de alimentos poderia “complementar” o leite materno; e outros fatores como baixo grau de escolaridade, situação socioeconômico precária e consequente falta de informação, não intenção de amamentar, entre outros. CONCLUSÃO: A prevalência de AM exclusivo em crianças menores de 6 meses considera-se baixa pois, como recomendado pelo Ministério da Saúde, a amamentação deveria ser exclusiva até essa idade. Salienta-se a importância do apoio social e familiar dado a mulher neste período, acompanhamento frequente de profissionais de saúde, orientações corretas e uma possível licença-maternidade estendida por 6 meses para facilitá-la nesse processo.
Palavras-chaves: Saúde da Criança; Aleitamento Materno; Desmame;

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