VIOLÊNCIA ESCOLAR NA REDE ESTADUAL DE ENSINO DO MUNICÍPIO DE NOVO CABRAIS - RS

Heloisa Elesbão, Sandra Mara Mayer

Resumo


Introdução: A escola precisa fazer uma reflexão em relação aos reais motivos que levam um aluno a ter um comportamento agressivo. Para isso, é necessário que os professores saibam identificar e diferenciar atos agressivos e violentos, diferindo-os das demais brincadeiras saudáveis e naturais realizadas entre os alunos. Devem ser levados em conta a persistência e o nível dos atos violentos na escola, sejam eles físicos ou psicológicos, por conta dos riscos que esses atos geram ao bem-estar e ao desenvolvimento psicológico dos envolvidos. Quando esses atos violentos ocorrem de maneira repetitiva, são denominados bullying. Estudos sobre esse tema veem na escola um ambiente onde programas de intervenção contra a violência são essenciais para o bom convívio social de todos. O bullying se manifesta de diversas maneiras, que podem ser através do caráter físico, social, verbal e até mesmo relacional; é um problema presente em todo o mundo, não escolhe suas vítimas nem a instituição de ensino. Objetivos: Os objetivos deste estudo foram verificar se os alunos de toda a rede estadual de ensino do município de Novo Cabrais - RS já sofreram algum tipo de violência na escola e, além disso, verificar a principal forma de agressão, bem como a quantidade de vezes que os alunos foram excluídos dos demais. Metodologia: Este estudo é caracterizado como um estudo descritivo-exploratório, realizado com todos os alunos da rede estadual de ensino do município de Novo Cabrais - RS. A amostra é composta por 61 alunos, sendo 39 do sexo masculino e 22 do sexo feminino, com idade entre 10 e 17 anos. Os dados foram coletados através de um questionário adaptado, já a análise estatística foi realizada através do programa SPSS 22.0, (IBM, Armonk, NY, USA), sendo os resultados expressos em frequência e percentual. Resultados: Ao analisarmos os dados coletados, verificamos que 36,1 % dos alunos dizem já ter sido agredidos na escola, uma frequência de 22 alunos. As principais formas de agressões citadas foram a física e a verbal, ambas com 11,5 %, tendo uma frequência de 7 alunos cada. A maioria dos alunos, entretanto, diz nunca ter ficado excluído dos demais alunos. Conclusão: É preciso que tanto pais quanto professores não ignorem o bullying, fazendo-se presentes e atentos a qualquer mudança que possa ocorrer nas atitudes e no comportamento dos alunos. São inúmeros os desafios a serem enfrentados para a redução da prática do bullying, principalmente no ambiente escolar. Por conta disso, é necessário que toda comunidade escolar se una, fazendo com que sejam criados grupos de proteção e prevenção da violência escolar. Além disso, uma equipe que lide com os direitos humanos deve ser montada, fazendo com que sejam evitados certos tipos de assédios, sejam eles morais, mentais, de exploração e até mesmo de maus tratos. Ademais, cabe ressaltar que, no ano passado, foi sancionada uma lei chamada lei antibullying. Seu objetivo principal é prevenir e combater o bullying, seu principal foco é as escolas. Sendo assim, todas as instituições de ensino e demais estabelecimentos que promovam atividades de recreação têm a obrigação prevista em lei de realizar a promoção do respeito e da cidadania, estimulando a tolerância mútua.

Palavras-chave: Violência escolar; Rede estadual; Bullying.


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