ANÁLISE TEÓRICA E EXPERIMENTAL DE LAJES NERVURADAS BIDIRECIONAIS

Henrique Braga Bastos, Christian Donin

Resumo


Este trabalho tem como abordagem lajes nervuradas bidirecionais. Lajes são elementos planos, com duas dimensões horizontais muito maiores que sua espessura, composta de concreto armado. As lajes nervuradas, diferente de lajes maciças, tem a vantagem de ter seu peso próprio aliviado por substituir parte do concreto por materiais inertes entre as nervuras, sendo assim, a laje torna-se capaz de suportar mais peso e ter maiores vãos entre pilares. Em lajes nervuradas bidirecionais a armadura é colocada em duas direções com o objetivo de distribuir os esforços nos dois eixos, podendo assim suportar maiores carregamentos. Lajes nervuradas podem ser apoiadas sobre vigas, e também podem ser apoiadas diretamente sobre pilares, porém sendo mais complexa a determinação dos esforços e momentos na estrutura de concreto armado. Com a necessidade de se obter, cada vez mais, melhor desempenho de lajes, este trabalho objetiva contribuir com os estudos de lajes nervuradas bidirecionais de concreto armado, com os seguintes objetivos específicos: elaborar e confeccionar um protótipo de laje nervurada bidirecional, em escala real, apoiado sobre vigas; realizar um ensaio de flexão da laje experimental, verificando deslocamentos com o acréscimo de carga; calcular os momentos e deslocamentos do protótipo, conforme a NBR 6118:2014; comparar resultados teóricos com os experimentais obtidos no ensaio; apresentar características e desempenhos obtidos com a análise feita neste trabalho; apresentar sugestões para trabalhos futuros. As dimensões do corpo de prova da laje em escala real são de 2m x 2m, com altura de 10cm, com três nervuras em cada direção. Para a execução do ensaio à flexão utilizou-se um reservatório com água composto por chapas de compensado e escoramentos de madeira, porém o momento máximo atingido pelo carregamento aplicado não foi suficiente para o rompimento da laje; no entanto, ultrapassou o momento estimado de ruptura calculado segundo a NBR 6118:2014. Após a realização dos ensaios, concluiu-se que para a análise teórica experimental feita, o processo de cálculo utilizado exagera no dimensionamento, sendo bastante conservador a favor da segurança no estado de limites últimos e também mostra grande variação nos estados de limites de serviços, com o exagero dos deslocamentos teóricos em relação aos experimentais, a partir do momento de fissuração do concreto, sendo necessário rever o método de cálculo para o Estádio II. Estas variações nos mostram que há uma necessidade de métodos de cálculos mais eficientes para se obter valores mais próximos do real e estruturas mais econômicas.


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