O presente trabalho relata uma oficina para idosos de Ginástica Cerebral utilizando o computador para idosos na Universidade de Santa Cruz do Sul, através no projeto Unisc Inclusão Digital - UID, a oficina, que é ministrada semanalmente por bolsistas do curso de Licenciatura em Computação, busca através de técnicas específicas, melhorar a memória, aprendizado, concentração, criatividade e diversos outros benefícios que trazem melhorias para a vida dos idosos. Através da ginástica cerebral é possível ativar os dois lados do cérebro ao mesmo tempo: o direito (criativo) e esquerdo (lógico), para aumentar a área de utilização. A principal pergunta de pesquisa foi se é possível desenvolver uma melhoria de vida aos idosos através da ginástica cerebral intercalando entre jogos e desafios de lógica no computador e na forma física. A cada aula foi apresentado uma atividade diferente, explicamos qual o objetivo daquele desafio e como ele poderia ajudar a melhorar as áreas do cérebro. Trabalhamos principalmente com os sites www.cerebronosso.bio.br que é desenvolvido pela neurocientista do Instituto de ciência Biomédica da UFRJ, Suzana Herculano - Houzel. O site possui vários jogos, cada um explica o que será estimulado no cérebro após o treinamento e possui também livros, artigos, pesquisas sobre neurociência no Brasil. O objetivo principal das atividades é conscientizar os alunos que assim como os músculos do nosso corpo, se não forem trabalhados progressivamente atrofiam, o cérebro fica preguiçoso. Acomoda-se e não sai da sua zona de conforto, deixando de explorar o novo, aprender novos conteúdos, conhecer novos lugares ou atividades e com o tempo vão se perdendo as ramificações criadas pelo conhecimento ao longo dos anos. Sabemos que a partir dos trinta anos começa-se a perder um por cento de neurônios por ano, e essa acomodação só aumenta este processo. O avanço tecnológico impactou significativamente as nossas vidas e atividades cotidianas, proporcionando facilidade e melhor aproveitamento do tempo. Deixando o jovem mais acomodado por crescer aprendendo e utilizando essas tecnologias, mas tirou o idoso da sua zona de conforto, o idoso precisa aprender sobre as tecnologias que antes não eram necessárias para viver na sociedade, mas que hoje são muito importantes. Quando o idoso aceita isso e vai atrás do conhecimento ele se sente mais vivo, mais independente, dono da sua própria trajetória e saúde, tanto mental como física. Um simples saque no caixa eletrônico fica mais fácil e sem gerar estresse desnecessário, sobrando tempo e motivação para atividades de lazer. E, com a oficina de ginástica cerebral, foi possível verificar este fato nos idosos, eles apresentaram uma motivação muito grande durante as aulas, e com o passar das semanas, já apresentavam uma melhoria, principalmente na memória e na coordenação motora na utilização do mouse, por exemplo.