O USO DA ÁGUA E ALTERNATIVAS PARA O USO CONSCIENTE UTILIZANDO MODELAGEM MATEMÁTICA

Elisa Tatiane Pereira, Aline Silva Ellwanger, Glaucia Cabral Moraes

Resumo


O MAU USO DA ÁGUA E AS ALTERNATIVAS PARA O USO CONSCIENTE UTILIZANDO MODELAGEM MATEMÁTICA

De acordo com as mudanças climáticas ocorridas no último século e o mau uso da água, torna-se indispensável procurar alternativas que busquem prudência na utilização desse recurso. Em linhas gerais, a Organização das Nações Unidas - ONU revelou dados do aumento do consumo de água no planeta. Em 1900, a população mundial consumia 580 Km³ de água, em 1950 elevou-se para 1400 Km³, passando para 4000 Km³ em 2000. A ONU estima que em 2025 esse consumo eleve-se para 5200 Km³. Como consequência disso, a perspectiva do número de pessoas sem acesso a água potável será de 1,1 bilhão em todo o planeta. A Terra é composta em sua maior parte por água, totalizando 75%, no entanto, 3% é de água doce, sendo que 2% está concentrada nas geleiras e 1% nos rios, porcentagem essa que nos cabe. Levando em consideração esses números alarmantes, resolvemos realizar um estudo na disciplina de Modelagem Matemática. Segundo Bassanezzi (2002) Modelagem Matemática é a “[...] arte de transformar problemas da realidade em problemas matemáticos e resolvê-los, interpretando suas soluções na linguagem do mundo real” (p.16). Nesse sentido, o objetivo foi analisar, conscientizar e encontrar soluções para o uso ciente da água. Dessa forma, foi realizada uma pesquisa de campo no município de Candelária, no qual 57,47% dos habitantes tem acesso a água potável, segundo pesquisa realizada com algumas famílias, a partir da análise das faturas de serviço – água e/ou esgoto e um questionário aplicado com a população em geral. Além disso, com a preocupação de buscar informações relevantes elaboramos um roteiro de perguntas para um representante da companhia Riograndense de Saneamento - Corsan do município. Os questionamentos foram referentes ao consumo individual, por família, da população em geral, até a existência de um plano de emergência no caso de uma seca iminente e, como tema principal do trabalho, realizamos a simulação com dados reais e fictícios da economia em metros cúbicos, obtida com a aquisição de uma cisterna, que consiste em um sistema de armazenamento de água da chuva em uma caixa de água, que é captada de calhas ou dutos. Os resultados obtidos demonstraram que o consumo oscila acintosamente de família para família com mesmo número de residentes, demostrando a necessidade urgente de informação. Frente aos dados obtidos buscamos nos inteirar do quanto a distribuidora está preocupada com as questões ambientais referentes ao mau uso da água. Com isso, através da entrevista, notamos um descaso com o uso indiscriminado e a inexistência de um plano emergencial para o caso de uma eventual escassez. Para a simulação da economia obtida com a aquisição de uma cisterna de 500 l, considerando o consumo diário sem cisterna de 110 l e com cisterna 100 l, foi realizado cálculos com previsão mensal e anual, através dos quais foi possível obter os seguintes resultados: uma casa com cisterna no período de um mês gasta 3000 l/dia, sem a mesma, 3300 l/ dia, assim uma economia de 9,1%, projetando esses dados para um ano, temos um consumo com cisterna de 36000 l/dia e sem de 39600 l /dia. Portanto, a economia é de 3600 l, equivalente a um mês de economia, aparentemente pequena, porém se cada residência tivesse uma cisterna, a economia seria notável, sendo assim, cabe ressaltar que a água doce é um recurso esgotável e adotar mecanismos para sua economia e reutilização passa a ser indispensável.


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